Tribuna Ribeirão
Política

Bolsonaro cobra Mourão e Guedes

O candidato do PSL ao Pla­nalto, Jair Bolsonaro, determi­nou que o vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), e o conselheiro na área econômica, Paulo Guedes, reduzam suas ati­vidades eleitorais. A campanha quer estancar o desgaste provo­cado por declarações polêmicas dos dois aliados.

Nesta quarta-feira (19), o perfil de Bolsonaro no Twitter teve de reiterar o compromisso com a redução da carga tribu­tária após notícia de que Gue­des estuda como proposta para eventual governo a criação de um imposto nos moldes da anti­ga CPMF, o que põe em xeque o discurso da campanha.

Declarações e a movimenta­ção eleitoral do candidato a vice também constrangeram Bolso­naro e a cúpula da campanha nos últimos dias. Do quarto do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera do aten­tado a faca que sofreu, Bolsona­ro acompanhou pelo noticiário Mourão defender uma Consti­tuição elaborada por não eleitos e a ideia de que filhos criados por mães e avós, sem a presença do pai, correm mais risco de en­trar para o tráfico.

Ao visitar Bolsonaro no hospital na terça-feira (18), o general da reserva ouviu uma determinação. O presidenci­ável pediu que o vice suspen­desse a agenda de viagens. O candidato ao Planalto avaliou que a campanha entrou num momento decisivo e que não podia correr mais riscos, se­gundo relataram à reportagem integrantes da equipe.

O general da reserva encur­tou uma viagem ao interior de São Paulo, que iria até sexta-feira (21), e cancelou um evento, no domingo (23), em Porto Alegre. Ele ficará em sua casa no Rio para uma “reavaliação de dis­curso”, informou um assessor. Mourão pretende, ainda segun­do a assessoria, descansar depois de 15 dias de viagens e eventos.

Na campanha do PSL, a crítica recorrente é que, após a internação de Bolsonaro, Mou­rão foi para a “linha de frente” sem experiência política. O general da reserva, segundo um interlocutor da equipe, assumiu uma agenda de cabe­ça de chapa sendo candidato a vice. A avaliação interna é de que Mourão pôs em risco o favoritismo de Bolsonaro.

Já a movimentação de Gue­des obrigou a uma reação de Bolsonaro. “Nossa equipe eco­nômica trabalha para redução de carga tributária, desburo­cratização e desregulamenta­ções”, escreveu Bolsonaro no Twitter. “Chega de impostos é o nosso lema! Somos e fa­remos diferente. Esse é o Bra­sil que queremos.” O post foi “retuitado” por Carlos e Flávio Bolsonaro, filhos do candidato.

Paulo Guedes.o guru de Bolsonaro, defendeu a cria­ção de um novo imposto, uma nova versão da CPMF.

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