O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 21 de novembro, em transmissão semanal ao vivo no Facebook, que o partido que pretende criar após sair do PSL, o Aliança pelo Brasil (APB), respeita religiões, defende legítima defesa e o porte e posse de arma e quer o livre-comércio com o mundo, “sem o viés ideológico”.
Bolsonaro afirmou que a nova legenda terá um perfil conservador e dará “crédito” aos valores familiares. “O estatuto está muito bonito, mas nós queremos que isso na prática venha a se fazer valer quando ele for criado”, disse. Ele espera poder angariar as 500 mil assinaturas para a formação da sigla por via eletrônica, mas, caso não seja possível, a futura agremiação buscará as assinaturas físicas.
Caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permita a coleta de assinaturas digitais, Bolsonaro disse que o Aliança pelo Brasil não ficará pronto a tempo de poder disputar as eleições municipais de 2020. Para poder disputar o próximo pleito, o partido deve ser criado até março. “O número escolhido é o 38, é um bom número, tínhamos poucas opções”, declarou.
Excludente de ilicitude
Bolsonaro abordou também a retomada da proposta do excludente de ilicitude num projeto de lei enviado ao Congresso. O projeto prevê a possibilidade de redução ou mesmo isenção da pena a agentes de segurança que causarem morte para casos ocorridos durante as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). De acordo com o presidente, o excludente de ilicitude é uma forma de prestigiar membros das Forças Armadas e de forças policiais.
A convenção de lançamento do partido Aliança pelo Brasil foi realizada ontem, sob forte discurso de respeito a Deus, as religiões e de oposições a movimentos de esquerda. Em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. “O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, um novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro”, afirmou. Ela afirmou que o partido é conservador, comprometido com a liberdade e ordem, soberanista e de oposição às “falsas promessas do globalismo”.