Por Gustavo Queiroz
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 22, que foi “obrigado a vetar” R$ 2,8 bilhões do Orçamento de 2022. “Se eu sancionar, eu tenho que ter o recurso definido”, justificou. Segundo o chefe do Executivo, parte dos valores que não foram aprovados devem ser tirados das emendas de comissão do Congresso e da fatia reservada aos gastos do Executivo. “Existe a possibilidade de esse recurso ser recomposto ao longo do ano de acordo com a nossa arrecadação”, afirmou em conversa com apoiadores e imprensa em Eldorado, município do interior paulista onde acompanhou o sepultamento de sua mãe, Olinda Bolsonaro, nesta sexta-feira.
Como o Broadcast mostrou, o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, havia afirmado que os vetos ficariam na casa dos R$ 3,1 bilhões, especificamente para recompor as despesas obrigatórias. Se confirmado, o corte não acolhe na íntegra a orientação do Ministério da Economia. A peça orçamentária será publicada no Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira, 24.
O Estadão/Broadcast já tinha antecipado que a recomposição seria menor e que ela deve ser feita com tesourada nas chamadas emendas de comissão, com código RP-8. Elas não são impositivas e, por isso, são cortadas com frequência.
Bolsonaro deixou o município de Eldorado próximo às 10h45, com destino a Brasília. Antes, passeou pela cidade e conversou com moradores, muitos que dizem terem sido próximos à família de Olinda. Em tom de campanha, o presidente resgatou diversos temas centrais de seu governo, como a crise hídrica e energética e o Auxílio Brasil, elogiou ministros e foi à casa lotérica localizada na região central onde incentivou os presentes a apostarem na Mega-Sena, que pagará R$ 22 milhões neste sábado.