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Boletim Focus: projeção de alta do PIB de 2023 continua em 2,89%

Governo espera que o crescimento do PIB este ano alcance 3,2% (Marcelo Casal/Agência Brasil)

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central manteve a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 seguiu em 2,89%, contra 2,92% há um mês. Considerando apenas as 59 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 se manteve em 2,84%.

Para 2024, o Relatório Focus trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Considerando apenas as 59 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também seguiu em 1,50%.

Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, mesmo nível de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesmo nível de um mês atrás.

O governo espera que o crescimento do PIB este ano alcance 3,2%. Já no Banco Central, a estimativa atual é de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

Relação dívida/PIB

O Boletim Focus trouxe uma leve oscilação na projeção para o endividamento público neste ano na edição publicada nesta segunda. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023 passou de 60,60% para 60,61%, ante 60,50% de um mês atrás.

Para o déficit primário em relação ao PIB este ano, a mediana continuou em 1,10%, contra 1,10% um mês antes. O Ministério da Fazenda buscava entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, mas o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu na semana passada que o resultado deve ser um pouco pior

Já a estimativa do Focus para o déficit nominal este ano também oscilou de 7,50% do PIB para 7,51%, ante 7,40% de um mês atrás. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros

2024

Para o próximo ano, a estimativa para a dívida líquida passou de 63,68% para 63,65% do PIB, ante 63,90% de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 piorou de 0,78% para 0,80% do PIB. O déficit nominal projetado na Focus passou de 6,82% para 6,80% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,83% e 6,59%, respectivamente.

No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”. Desde então, aumentou o debate sobre uma possível alteração na meta fiscal do próximo ano.

Déficit em c/c

Os economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023 no Boletim Focus desta semana.

A projeção deficitária passou de US$ 38,30 bilhões para US$ 38,25 bilhões, ante US$ 42,65 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa de déficit se manteve em US$ 47,80 bilhões, ante US$ 51,70 bilhões há quatro semanas.

Em relação ao superávit da balança comercial em 2023, a projeção avançou de US$ 74,95 bilhões para US$ 75,30 bilhões, contra US$ 72,90 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana superavitária passou de US$ 60,60 bilhões para US$ 62,25 bilhões, de US$ 60,60 bilhões quatro semanas antes.

Os analistas consultados semanalmente pelo BC avaliam que o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano.

A mediana das previsões para o IDP em 2023 passou de US$ 72,00 bilhões para US$ 70,00 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 80,00 bilhões. Para 2024, a estimativa foi reduzida após 39 semanas de estabilidade, e passou de US$ 80,00 bilhões para US$ 74,62 bilhões.

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