O comércio de Ribeirão Preto já está preparado para a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira, 24 de novembro. A maioria das lojas da região central e dos corredores comerciais dos bairros – avenidas da Saudade (Campos Elíseos) e Dom Pedro I (Ipiranga), por exemplo – vai abrir no horário normal, das nove às 18 horas, mas o atendimento será estendido até a noite em alguns estabelecimentos.
A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), que espera atrair consumidores de toda a Região Metropolitana (RMRP) – são mais 33 municípios. Na Black Friday as lojas oferecem descontos de até 60%, 70% em alguns produtos, mas há muitos golpes e a dica é pesquisar antes de ir às compras. Nos shopping centers da cidade, as grandes lojas vão atender até as 23 horas – a extensão do horário é facultativa.
O RibeirãoShopping e o Shopping Santa Úrsula vão abrir às nove horas. O Iguatemi começa a receber clientes a partir das oito da manhã. O atendimento no Novo Shopping terá início às sete horas. Famoso no calendário por oferecer mega-descontos, o evento é uma oportunidade para lojistas alavancarem as vendas de fim de ano e para os clientes que pretendem antecipar as compras de natal com preços atrativos. Nesta quarta-feira (22), apesar do tempo chuvoso, o movimento já era intenso nas lojas do calçadão.
Está é a oitava edição da Black Friday, que deve consolidar o evento como uma das principais datas de vendas do comércio brasileiro. As estimativas apontam um volume de negócios próximo de R$ 2,2 bilhões, 20% a mais que em 2016. Para o estado de São Paulo, a previsão é que o volume total de compras ultrapasse R$ 800 milhões. A estimativa foi gerada a partir do histórico das edições anteriores e com base no tráfego do portal BlackFriday.com.br, idealizador da ação no Brasil.
Em 2016, o estado de São Paulo representou mais de 35% do total de acessos durante a Black Friday. No entanto, o consumidor ainda demonstra desconfiança, como revela pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo o levantamento, que ouviu 1.616 pessoas nas 27 capitais brasileiras, 39% dos consultados planejam fazer compras durante a promoção, enquanto 43% também querem comprar, mas vão analisar os preços antes. O índice reflete a dúvida surgida nas edições anteriores de que parte das lojas simulava descontos e, na verdade, cobrava os mesmos preços de antes, ou oferecia reduções muito pequenas.
Em São Paulo, desde 2013 o Procon faz levantamento prévio de preços dois meses antes do evento para combater fraudes. Apesar da desconfiança, em geral, o consumidor gosta da promoção. Numa escala de 1 a 10, a satisfação com a Black Friday do ano passado foi de 7,3. Em 2015, havia sido 8,5. E 85% dos consultados consideram que valeu a pena comprar na liquidação.
A pesquisa revela também que os consumidores consideram gastar cerca de R$ 1 mil este ano. Smartphones (29%), roupas (28%) e eletrodomésticos (25%) lideram o desejo de compra. Os ambientes preferidos são os sites de lojas nacionais (56%) e os shopping centers (23%). Os consumidores que pretendem comprar apenas no dia da Black Friday somam 40%, enquanto 26% calculam que vão adquirir produtos ao longo de novembro.
Segundo o coordenador do Procon em Ribeirão Preto, Feres Najm, a maioria dos problemas relatados no pós-evento está relacionada à falta de cumprimento de oferta, seja por questão de preço ou entrega do produto. Em 2016, as principais queixas dos consumidores na Black Friday foram de propaganda enganosa, divergência de valores, problemas para finalizar a compra, produto indisponível e problemas nos preços dos produtos (promoções).
Fajm orienta que o consumidor que se sentir lesado pode procurar o órgão de defesa e apresentar os documentos reunidos para formalizar a reclamação. O atendimento é feito de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 16 horas. O telefone é 0800-772-9198.
O Procon-SP também divulgou a “lista suja” com as lojas que devem ser evitadas pelo consumidor. No total, são 518 estabelecimentos. O relatório foi atualizado no dia 10. Os lojistas foram notificados sobre os problemas e, mesmo assim, não ofereceram solução aos casos ou não foram encontradas. Acesse http://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php.