A empresa alemã de biotecnologia BioNTech disse nesta terça-feira, 10 de novembro, que prevê a produção de até 1,3 bilhão de doses no próximo ano da possível vacina contra covid-19 que está desenvolvendo em parceria com a americana Pfizer. Antes do fim do ano, as duas empresas poderão fornecer até 50 milhões de doses do imunizante.
Na segunda-feira (9), a Pfizer e a BioNTech anunciaram que a vacina experimental que desenvolvem de forma conjunta, a BNT162b2, se mostrou 90% eficaz na prevenção do coronavírus, de acordo com dados preliminares da terceira fase dos estudos clínicos.
As farmacêuticas são as primeiras a comprovarem a eficácia do imunizador para a doença que já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.
Em comunicado, as empresas informaram que avaliaram a situação de 94 voluntários das pesquisas que contraíram a covid-19 e desenvolveram pelo menos um sintoma.
Os testes não foram capazes de garantir a segurança da fórmula, mas as companhias esperam obter respostas nessa área nas próximas semanas. Os desenvolvedores pretendem solicitar autorização da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para uso emergencial já em novembro.
O Ministério da Saúde mantém negociações com a farmacêutica Pfizer, além de outras produtoras de vacina contra a covid-19. Em nota, a pasta diz que “todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer”.
“Atualmente, o Ministério acompanha cerca de 254 pesquisas, algumas com testes já bem avançados. Todas as apostas necessárias serão feitas para achar uma solução efetiva, em qualidade e quantidade necessárias para imunizar a população brasileira”, informa.
O discurso no ministério é de que o governo comprará a primeira vacina segura que chegar ao mercado. O governo brasileiro fechou contrato para compra de 100 milhões de doses do imunizante feito pela AstraZeneca/Oxford. Em outra frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para 10% da população por meio do consórcio Covax Facility.
O estudo é liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O governo federal investiu cerca de R$ 2 bilhões para viabilizar a compra do produto da AstraZeneca/Oxford, além da produção da droga no Brasil, que exigiu adequações em laboratórios da Fiocruz. Já o custo para entrar no Covax Facility foi de R$ 2,5 bilhões.