Tribuna Ribeirão
Saúde

BioNTech projeta até 1,3 bilhão de doses em 2021

DADO RUVIC/REUTERS

A empresa alemã de biotec­nologia BioNTech disse nesta terça-feira, 10 de novembro, que prevê a produção de até 1,3 bilhão de doses no próximo ano da possível vacina contra covid-19 que está desenvolven­do em parceria com a america­na Pfizer. Antes do fim do ano, as duas empresas poderão for­necer até 50 milhões de doses do imunizante.

Na segunda-feira (9), a Pfi­zer e a BioNTech anunciaram que a vacina experimental que desenvolvem de forma conjun­ta, a BNT162b2, se mostrou 90% eficaz na prevenção do co­ronavírus, de acordo com dados preliminares da terceira fase dos estudos clínicos.

As farmacêuticas são as pri­meiras a comprovarem a eficá­cia do imunizador para a doença que já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.

Em comunicado, as empre­sas informaram que avaliaram a situação de 94 voluntários das pesquisas que contraíram a co­vid-19 e desenvolveram pelo menos um sintoma.

Os testes não foram capa­zes de garantir a segurança da fórmula, mas as companhias esperam obter respostas nessa área nas próximas semanas. Os desenvolvedores preten­dem solicitar autorização da Administração de Medica­mentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para uso emergencial já em novembro.

O Ministério da Saúde man­tém negociações com a farma­cêutica Pfizer, além de outras produtoras de vacina contra a covid-19. Em nota, a pasta diz que “todas as vacinas com estu­dos avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer”.

“Atualmente, o Ministério acompanha cerca de 254 pes­quisas, algumas com testes já bem avançados. Todas as apos­tas necessárias serão feitas para achar uma solução efetiva, em qualidade e quantidade neces­sárias para imunizar a popula­ção brasileira”, informa.

O discurso no ministério é de que o governo comprará a primeira vacina segura que chegar ao mercado. O gover­no brasileiro fechou contrato para compra de 100 milhões de doses do imunizante feito pela AstraZeneca/Oxford. Em outra frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para 10% da população por meio do con­sórcio Covax Facility.

O estudo é liderado pela Organização Mundial da Saú­de (OMS). O governo federal investiu cerca de R$ 2 bilhões para viabilizar a compra do produto da AstraZeneca/Ox­ford, além da produção da droga no Brasil, que exigiu adequações em laboratórios da Fiocruz. Já o custo para entrar no Covax Facility foi de R$ 2,5 bilhões.

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