Tribuna Ribeirão
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Biometria está abaixo da média na cidade

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

Com o objetivo de identifi­car todos os eleitores brasileiros por meio das impressões digi­tais na hora do voto, a Justiça Eleitoral avança diariamente no cadastro biométrico. Nes­ta terça-feira, 13 de agosto, o número alcançou 70,82% do eleitorado, ou seja, 103.688.980 das 146.412.180 pessoas aptas a votar em todo o Brasil – faltam 42.723.200, ou 29.18%.

Até o final de 2020, elei­tores de 1.686 municípios de 16 estados deverão realizar a biometria, de acordo com a lista de localidades que inte­gram a etapa 2019/2020 do Programa de Identificação Biométrica. É uma tecnologia empregada pela Justiça Elei­toral que permite identificar o cidadão, de modo seguro e eficaz, por meio das impres­sões digitais, da fotografia e de sua assinatura.

Em Ribeirão Preto, a biome­tria não é obrigatória, mas, até esta terça-feira (13), dos 433.372 eleitores ribeirão-pretanos, ape­nas 139.480 (ou 32,18%) já es­tavam cadastrados no sistema biométrico – faltam 293.892 (ou 67,82%). A adesão na cida­de está bem abaixo das médias nacional e estadual. Em todo o Estado de São Paulo, que tem 32.917.013 pessoas aptas a votar, 18.551.359 (ou 56,36% do total) já fizeram o credenciamento através da impressão digital – outros 14.365.654 (ou 43,64%) ainda não se cadastraram.

Em Ribeirão Preto, os car­tórios eleitorais atendem de se­gunda à sexta-feira, das 12 às 18 horas, na rua Cerqueira César nº 333, na região central da cidade, ao lado do Palácio Rio Branco, sede da prefeitura. São quatro Zonas Eleitorais – a 108ª (com 338 seções), a 266ª (com 330), a 265ª e a 305ª (com 310 seções cada). Para ser atendido, é preci­so fazer agendamento no site do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

A previsão do Tribunal Superior Eleitoral é de que a identificação de todo eleitor brasileiro seja digital já a par­tir de 2022. Os eleitores de 479 municípios paulistas estão convocados a fazer a biometria obrigatória em 2019, sob pena de cancelamento do título. As pessoas que residem nessas cidades têm de fazer o cadas­tramento biométrico no prazo definido, em datas que variam entre agosto e dezembro deste ano. O tribunal recomenda que ninguém deixe para os últimos dias, quando poderá haver filas e lentidão no procedimento.

O agendamento online é recomendável em todos os lo­cais. Para fazer a biometria, é necessário levar documento oficial de identificação origi­nal, comprovante de residência dos últimos três meses e o títu­lo, caso tenha. Os prazos para fazer a biometria variam entre agosto e dezembro de 2019, dependendo da cidade. Segun­do o TRE-SP, a biometria já foi concluída em 107 municípios
Esta etapa deve alcançar 35 milhões de eleitores nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Os municípios es­tão definidos no provimento nº 7/2019 da Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE). Atualmente, onze unidades da federação já concluíram o processo de ca­dastramento das digitais, atin­gindo 100% de identificação digital do eleitorado.

São elas o Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goi­ás, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. No momento da votação, o reconhecimento das digitais ocorre por meio de leitor biométrico acoplado ao terminal do mesário. As di­gitais são únicas em cada indi­víduo, o que oferece a garantia de que quem está votando é realmente o titular do voto. Assim, a biometria dá ainda mais segurança à eleição.

Além disso, o sistema AFIS (Automated Fingerprint Iden­tification System), adotado pela Justiça Eleitoral, afasta situações de duplicidade ou multiplicida­de de inscrições no cadastro elei­toral. Isso porque faz o batimen­to eletrônico das dez impressões digitais de cada eleitor cadastra­do com as digitais de todos os eleitores registrados no banco de dados. O sistema tem capaci­dade para comparar até 160 mil impressões digitais por dia, mas pode ser ampliada, se preciso.

Para as eleições municipais de 2020, a Justiça Eleitoral es­pera ter cadastrado biometrica­mente 117 milhões de eleitores, encerrando a coleta das impres­sões digitais de todo o eleitorado nacional até 2022. No pleito do ano passado, estavam aptos a vo­tar 87.363.098 eleitores por meio da identificação biométrica, (59,31% do eleitorado total de 147.306.275) em 2.793 municí­pios (48,65% do total, de 5.570).

Restrições
Quem não fizer a biome­tria no prazo definido pode ter o título de eleitor cancela­do, o que impede o eleitor de votar. Além disso, sem o título o cidadão não pode ser em­possado em concurso público, obter passaporte ou Cadastro de Pessoa Física (CPF), reno­var matrícula em estabeleci­mento de ensino oficial, obter empréstimos em estabeleci­mentos de crédito mantidos pelo governo, participar de concorrência pública e prati­car qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

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