Tribuna Ribeirão
Política

Bico de PMs’ – Atividade Delegada fica para outubro

A prefeitura de Ribeirão Preto e a Secretaria de Estado da Segu­rança Pública de São Paulo (SS­P-SP) assinaram, em 29 de junho, o convênio que vai viabilizar a im­plantação da “Atividade Delegada” na cidade. A administração muni­cipal tinha a expectativa de tirar a proposta do papel neste mês de se­tembro, mas a contratação de po­liciais militares ficou para outubro. Segundo nota da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), o governo avalia quais as áreas que mais demandam reforço policial.

“O projeto está em fase dos apontamentos das áreas com maior necessidade de potenciali­zação do policiamento preventivo e de inscrição dos policiais mi­litares. Em outubro, a ‘Atividade Delegada’ estará em funciona­mento”, garante a prefeitura no co­municado. O programa autoriza o chamado “bico oficial” de poli­ciais militares. Em Ribeirão Preto, depois de contratados, vão ajudar nas operações do Departamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda. O acordo prevê um teto de 30 servidores, mas nesta na primeira etapa se­riam doze PMs.

O convênio foi assinado pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o secretário de Seguran­ça Pública, Mágino Alves Barbosa Filho. Em agosto, a Comissão Paritária criada para viabilizar a implantação do convênio fina­lizava os últimos detalhes ope­racionais – já estava recebendo inscrições dos PMS com inte­resse em participar do projeto. Aprovada pelos vereadores em 6 de março, a Lei da Atividade Delegada autoriza o município a contratar policiais militares para atuar nas horas de folga. O custo mensal da parceria para a prefei­tura será de R$ 120 mil.

Cada policial militar rece­berá uma Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) por hora trabalhada – neste ano cada uma vale R$ 25,70 – para oficiais, aspirantes, subtenentes e sargentos, e de 90% de uma Ufesp (R$ 23,13) para cabos e soldados. O convênio também permite que os PMs cumpram jornada de trabalho de até oito horas (máximo de 80 horas no mês) e de doze horas por dia (máximo de 96 horas mensais).

No caso de um soldado, uma jornada de oito horas resultará em uma gratificação de R$ 185,04 por dia trabalhado. Se a jornada diá­ria for de doze horas, será de R$ 277,56. A estimativa da adminis­tração é investir R$ 120 mil anuais no programa, no início. Os PMs podem trabalhar para a prefei­tura fardados e armados. O con­vênio, com validade de um ano, prorrogável por mais quatro (até cinco), prevê a contratação de “até” 30 policiais militares.

O projeto aprovado cita como tarefas a serem executadas o apoio ao Departamento de Fiscalização geral da Secretaria Municipal da Fazenda para coibir o comércio ambulante ilegal, invasões de áre­as públicas, descarte irregular de lixo (resíduos sólidos), interdi­ção de obras clandestinas e fe­chamento de comércio irregular, entre outros casos relacionados a infrações previstas no Código de Posturas Municipais.

A Comissão Paritária tem dois representantes da prefeitura – co­ronel Renato Cabral Catita, da Se­cretaria Municipal da Casa Civil, e a superintendente da Guarda Civil Municipal, Mônica da Costa Noc­cioli. Já pela Polícia Militar, estão o tenente-coronel Marcelo Antônio Jerônimo de Melo, o major Er­nesto Tasso, o tenente-coronel Wagner Aparecido Baratto e o major José Wilson da Silva.

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