Por Maria Fernanda Rodrigues
Quatro meses depois da posse de Rafael Nogueira como presidente da Biblioteca Nacional, que ocorreu pouco antes da demissão de Roberto Alvim, que o convidou para o cargo, o professor santista formado em Direito e Filosofia, conservador e simpatizante da monarquia, começa a formar sua equipe.
O também santista Marcelo Gonzaga de Oliveira foi nomeado como chefe de gabinete da Biblioteca Nacional.
Olavista, como Nogueira, ele integra o grupo Brasil Paralelo, também como Nogueira, que é apresentado como plataforma de educação política do país, e o programa de rádio Hora Conservadora.
Nas redes sociais, Marcelo Oliveira usa o filtro “Se me enche a paciência, eu zoar é consequência” em sua foto do perfil. Ele já usou o “às vezes antissocial, sempre anticomunista”.
Já Luiz Carlos Ramiro Júnior, cientista social e advogado, será o coordenador-geral do Centro de Pesquisa e Editoração da Fundação Biblioteca Nacional. Colaborador da revista eletrônica Amálgama, que segue a linha liberal-conservadora, com alguns colaboradores mais liberais e outros mais conservadores, como explica em sua apresentação, ele já assinou artigos como Bolsonaro será um Bonaparte?, antes da eleição que o elegeu.
Para a Insight Inteligência, escreveu E se a intervenção der certo?, publicada em 2018, à época da intervenção militar no Rio
Na UERJ, ele defendeu a tese Da Crise à Restauração. O pensamento político de João Camilo de Oliveira Torres, sobre o escritor conservador mineiro morto em 1973.
Os dois cargos são comissionados e as nomeações são um indício de que Rafael Nogueira fica na equipe de Regina Duarte, secretária especial da Cultura.
A Biblioteca Nacional segue fechada pelo menos até 1.º de maio como medida para evitar a disseminação do coronavírus.