A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, a convite da Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto, finalizou o projeto “Implementação de área de leitura e acesso digital na Biblioteca Municipal Guilherme de Almeida”. A conclusão do projeto foi anunciada durante o evento “20 horas de Literatura”.
O objetivo da Fundação com a ação é contribuir para valorizar a única biblioteca municipal de Ribeirão Preto. Para isso, a instituição planejou e executou ações para organizar, adequar e equipar o espaço; bem como criou um ambiente de convivência, leitura e acesso a conteúdos digitais. A Fundação ganhou edital para realizar a ação e conta com incentivo à cultura por meio do Programa de Ação Cultural – ProAC.
A Biblioteca Municipal foi criada em 11 de setembro de 1958 e está localizada no prédio da Casa da Cultura, na Praça Alto de São Bento, desde 1981. “A Biblioteca está no coração da Casa da Cultura e a requalificação e melhoria deste espaço é de fundamental importância para dar início a todas as melhorias que nós queremos para o espaço, em modo geral”, explica a secretária municipal da Cultura de Ribeirão Preto, Isabella Carvalho Pessotti.
A coordenadora do Núcleo de Projetos da Fundação, Leticia Gomes, lembra que em 2018 a Fundação já havia feito um programa de incentivo junto à Biblioteca, o ‘Bibliotecal’. “De lá para cá, viemos acompanhando de perto as dificuldades de modernização do espaço e, com o convite da Secretaria da Cultura, por intermédio do idealizador do projeto Fabrício Vianna Gimenes, elaboramos um projeto viável para implementação da estrutura do espaço”, revela.
Letícia ainda anuncia que foram feitas mudanças na linguagem visual no espaço, com uma nova área de leitura, mais atrativa, dinâmica e acessível para o público. Além de passar por um processo de atualização do mobiliário e implantação de meios para acessar plataformas digitais, também foram adquiridos computadores e fones de ouvido que a biblioteca não possuía.
“O projeto nasce da ampliação do conceito de patrimônio e da apropriação das pessoas sobre os espaços públicos. Da necessidade de remontar significados, oferecendo novas experiências e atribuindo valores que conectam a Biblioteca às novas gerações”, comenta Fabrício Vianna Gimenes. Segundo ele, o espaço é composto por cerca de 21 mil exemplares de literatura de diversos estilos e nacionalidades e, também, livros técnicos para consulta, e sua movimentação mensal, era de 50 livros por mês.
Para Fabrício, a expectativa é de que o novo espaço ofereça uma experiência qualificada ao público. “Com novos atrativos visuais e materiais de apoio adequados, o espaço da Biblioteca poderá receber mais atividades de fomento à leitura. Momentos em que a criança, o jovem ou o adulto têm a oportunidade de estabelecer conexões com o local, em que sintam confortáveis e motivados a voltar”.
Durante a pandemia do novo coronavírus, Leticia explica que a Fundação irá trabalhar na formação do público digital com atividades realizadas na Biblioteca e transmitidas nas redes sociais da instituição. “Depois, o espaço será articulado com escolas e outras instituições para a formação do público e reconhecimento do espaço. Esperamos receber em torno de 300 pessoas ao mês, com perspectiva de aumento ao longo prazo. Mas será necessário um processo de formação contínuo”, salienta a coordenadora.