A classificação do furacão Beryl foi elevada para a categoria 5 – a maior na escala – na noite de segunda-feira, 1º de julho, depois de seus ventos arrancarem portas, janelas e telhados de casas no sudeste do Caribe, com uma tempestade alimentada pelo calor recorde do Atlântico.
Esta é a primeira vez que um fenômeno do tipo chega ao Caribe em um mês de junho já com essa força, o que fez autoridades preverem uma temporada de furacões severos na região. Beryl já deixou seis mortos — três em Granada (onde tocou solo), dois na Venezuela e um em São Vicente e Granadinas
Segundo autoridades locais, ouutras cinco pessoas estavam desaparecidas em regiões venezuelanas por onde o furacão passou, no sul do país. Classificado pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) como “extremamente perigoso”, ganhou mais força do que o inicialmente previsto e com mais velocidade, e pode atingir ventos de até 270 km/h.
Um avião da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) entrou no olho do furacão. O Beryl tocou solo na segunda-feira (1º) na ilha de Carriacou, em Granada. Logo depois, passou por São Vicente e Granadinas e Barbados.
Agora, segundo um boletim do NHC desta terça-feira (2), se aproxima da Jamaica, onde deve passar nesta quarta-feira (3). Durante a semana, o furacão continuará avançando pelo Caribe em direção à costa do México. No entanto, as autoridades projetam que o fenômeno perca força ao longo dos dias.
Ainda assim, alertas foram emitidos para o Haiti, as Ilhas Cayman, Belize e para cidades que estão no sudoeste do Golfo do México. Ruas em países-ilhas como Santa Lúcia e Granada estavam cheias de sapatos, árvores, linhas de energia derrubadas e outros detritos.
Bananeiras estavam quebradas ao meio e vacas jaziam mortas em pastagens, com casas de estanho e madeira compensada inclinadas precariamente nas proximidades. Beryl estava a cerca de 715 quilômetros a leste-sudeste de Isla Beata, na República Dominicana, movendo-se para oeste-noroeste a 35 km/h.