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CASO PANK – Bens de casal vão a leilão

Sete veículos e sete imóveis bloqueados do casal de Ribei­rão Preto acusado de aplicar golpes de R$ 250 milhões pelo site Pank serão colocados em leilão até esta quarta-feira, 27 de setembro. Sem interessados na primeira tentativa de ne­gociação, os bens novamente estão à venda em sessão vir­tual com 20% de desconto. Os lances podem ser dados até as 15 horas. Entre os itens há car­ros de até R$ 60 mil e imóveis avaliados em até R$ 950 mil. A informação é da EPTV.

O dinheiro obtido com a venda será depositado em ju­ízo para ressarcir os danos às vítimas que entraram na Justiça contra o site, que vendia, mas não entregava produtos como equipamentos eletrônicos e per­fumes. Ex-donos do portal, Mi­chel Pierri Cintra e Viviane Boffi Emílio foram condenados a 37 anos de prisão e ao pagamento de R$ 4,8 milhões em indeniza­ções e R$ 9,7 milhões por danos morais às vítimas.

Viviane foi presa preventiva­mente em 1º de setembro de 2015. Cintra permaneceu foragido por um ano, mas acabou preso em 31 de outubro do ano passado, em Ubiratã (PR), quando fugia para o exterior, segundo apontou investigação da polícia. Segundo a Polícia Federal, que comandou a prisão, o empresário apresentou um documento falso, mas aca­bou reconhecido e preso. Desde que passou a ser procurado pela Justiça, Cintra vivia em um apar­tamento no bairro Morumbi, na capital paulista.

O casal foi condenado por es­telionato – praticado contra 215 consumidores e 15 empresas de publicidade e propaganda –, crime contra as relações de consumo, de falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou o leilão de apartamentos de Cintra e Viviane – avaliados em R$ 5 milhões – e de veículos do casal que foram apre­endidos. O valor será revertido para indenização das vítimas e se houver saldo remanescente será recolhido em favor da União.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Cintra e Viviane vendiam, mas não entregavam os produtos eletrônicos comerciali­zados pelo site Pank. Em algumas situações, o casal entregava itens falsificados ou similares aos ori­ginais, adquiridos no Paraguai. Apesar de 215 clientes terem sido citados no processo, apenas 74 prestaram depoimento à Justiça. O promotor Aroldo Costa Filho estima, no entanto, que 80 mil fo­ram vítimas do esquema em todo o país. O golpe soma R$ 250 mi­lhões, ainda segundo o promotor.

Na sentença, o juiz Lúcio Al­berto Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Pre­to, afirma que embora as defesas aleguem que o valor é superesti­mado, o valor foi calculado pelo representante do site “Reclame Aqui”, onde, inclusive, foram re­gistradas mais de 70 mil queixas contra o Pank. As defesas tam­bém sustentaram que o site Pank apenas anunciava as mercadorias, não tendo responsabilidade sobre as vendas.

Entretanto, os Correios infor­maram que a empresa despachou 24 mil produtos para todo o país entre 24 de outubro de 2011 e 29 de agosto de 2013. O casal já ha­via sido condenado pelo mesmo crime quando mantinham o site Yesline. O MPE também defende que os dois elaboraram uma car­tilha para ser usada pelos funcio­nários para “enrolar” os clientes insatisfeitos. O material com 17 páginas foi entregue à Justiça por uma ex-funcionária. Outras tes­temunhas confirmaram a versão.

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