Tribuna Ribeirão
Economia

BC estende período para o PIX cobrança

O Banco Central (BC) decidiu conceder um perío­do adicional de adaptação às instituições financeiras para operação plena do chamado PIX Cobrança para pagamen­tos com vencimentos. A ferra­menta será lançada em 14 de maio. O PIX é o sistema brasi­leiro de pagamentos instantâ­neos. Em nota, o BC divulgou os termos da decisão da Dire­toria Colegiada.

A regra “estabelece que as instituições participantes do PIX, que não conseguirem proporcionar a experiência completa de pagamento (lei­tura do QR Code e pagamento em data futura) no período de 14 de maio a 30 de junho, terão que, no mínimo, possibilitar a leitura e o pagamento na data da leitura do QR Code, com todos os encargos e abatimen­tos calculados corretamente”.

Conforme a autarquia, “esse é um período transi­tório, que dá às instituições um tempo adicional para finalizar as adequações nos sistemas”. “A partir de 1º de julho todos os participantes precisam ser capazes de fazer a leitura do QR Code e pos­sibilitar o pagamento do QR Code para data futura.”

A Diretoria Colegiada do BC determinou ainda que o PIX Agendado não vincula­do a um PIX Cobrança pas­sará a ser ofertado obrigato­riamente pelas instituições financeiras a partir de 1º de setembro de 2021. Esta mo­dalidade do PIX permite que o usuário agende uma trans­ferência em data futura, com o uso da Chave PIX.

“Desde o lançamento do PIX, em novembro de 2020, essa é uma funcionalidade fa­cultativa, e entende-se que este seja um prazo razoável para que todas as instituições façam os ajustes necessários nos seus sistemas e interfaces (aplicati­vos e internet banking)”, pon­tua o BC em nota.

“Tal medida visa ampliar ainda mais a comodidade dos pagadores, garantindo que todos os usuários, indepen­dentemente da instituição na qual possuem conta, possam agendar um PIX.” O BC es­clarece ainda que a leitura de QR Code é obrigatória para todas as instituições partici­pantes do sistema.

“Já a oferta do PIX Cobran­ça (geração das cobranças com PIX e demais funcionalidades associadas a gestão das co­branças) é facultativa aos parti­cipantes do PIX, sendo obriga­tória apenas a oferta de serviço de geração de QR Code está­tico aos usuários recebedores pessoa natural.”

Micro e pequenas
Desde esta quinta-feira (22), mais de 16 milhões de micro e pequenas empresas e de microempreendedores in­dividuais (MEI) podem usar o PIX para recolher os tributos do Simples Nacional, regime especial para os negócios de menor porte que unifica o pa­gamento de tributos federais, estaduais e municipais.

Com a nova tecnologia, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) terá um código QR (versão avançada do código de bar­ras). Basta o contribuinte abrir o aplicativo da insti­tuição financeira, escolher a função Pix e fotografar o có­digo com a câmera do celular para fazer o pagamento.

Sistema de pagamentos instantâneos do BC, o PIX permite a transferência de re­cursos entre contas bancárias 24 horas por dia. As transações são executadas em até dez se­gundos, sem custo para pes­soas físicas. Para usar o PIX, o correntista deve ir ao aplicati­vo da instituição financeira e cadastrar as chaves eletrônicas.

Elas podem seguir o número do celular, o e-mail, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para pessoas físicas ou o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), para empresas. O usu­ário também pode gerar uma chave aleatória, com um código de até 32 dígitos ou mesmo usar os dados da conta. Cada chave eletrônica está associada a uma conta bancária. Pessoas físicas podem ter até cinco chaves por conta. Para pessoas jurídicas, o limite sobe para 20.

Auxílio emergencial
A Diretoria Colegiada do BC estabeleceu ainda que, a partir de 30 de abril, as pessoas que receberem o auxílio emer­gencial de 2021 poderão movi­mentar os recursos por meio do PIX. Não será possível, no entanto, efetuar transferências para contas de mesma titulari­dade. Com isso, o BC evita que o auxílio seja objeto de des­contos ou compensações. As regras preveem que o auxílio emergencial não seja utilizado para cobrir contas que já estão no vermelho, por exemplo.

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