Tribuna Ribeirão
Economia

BB pretende cortar cinco mil empregos

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira, 11 de janeiro, dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a cinco mil funcioná­rios, 5,4% do total de aproxi­madamente 92 mil bancários. Segundo a instituição, o Pro­grama de Adequação de Qua­dros (PAQ) visa ajustar a força de trabalho do banco, mudan­do empregados de setores com excesso de pessoal para outros com vagas disponíveis.

Os empregados poderão fazer movimentações laterais e também optar pelo desliga­mento. O Programa de Desli­gamento Extraordinário (PDE) abrange todos os funcionários que atenderem aos pré-requisi­tos. Conforme o banco, as ações “visam otimizar a distribuição da força de trabalho, equacio­nando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco, contribuindo para a redução de despesas e para a melhoria da eficiência operacional”.

A economia líquida anual es­timada com as ações de reduções de custos implementadas pelo banco é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025. No valor não estão adicionados os recursos economizados com os planos de desligamento, que serão divulgados após o encer­ramento dos períodos de adesão previsto para 5 de fevereiro.

Reestruturação
O banco prevê o fechamen­to na rede de atendimento de 361 unidades, sendo 112 agên­cias, sete escritórios e 242 pos­tos de atendimento. Vai man­ter agências próprias em 221 municípios e correspondentes bancários Mais BB, nos demais. Conforme o banco, com o novo modelo 1,3 milhão de clientes passarão a contar com um ge­rente de relacionamento exclu­sivo para interação digital por meio do canal Fale.Com.

A interação digital do ban­co foi ampliada especialmente no último ano. O aplicativo do banco atingiu 4,7 milhões de usuários, crescimento 273% maior do que o período ante­rior à pandemia. Ao mesmo tempo, o atendimento pelo WhatsApp chegou a quase 600 mil atendimentos por dia.

“Com mais 1,3 milhão de clientes atendidos no modelo de atendimento especializado por gerentes de relacionamento de­dicados, avançaremos de forma importante na melhoria contí­nua da experiência dos nossos clientes. Isso representa 13% a mais de clientes com essa pro­posta de valor”, disse em nota o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Carlos Motta.

“As iniciativas buscam a melhoria da experiência e sa­tisfação do cliente e consideram a transformação digital, o au­mento da concorrência e o me­nor patamar histórico da taxa básica de juros como elementos de destaque”, diz a nota.

O BB tomou outras medi­das para reduzir custos como a devolução e venda de prédios corporativos, otimização de es­paços físicos, medidas de efici­ência energética e novo plano de cargos e salários. A expectativa é redução de R$ 3,3 bilhões em redução de despesas até 2025.

O Banco construiu um hot­site para esclarecer as medidas aos clientes. As informações também estão disponíveis pelo WhatsApp – (61) 4001-0001 e pela Central de Atendimento 0800 729 5291, de segunda a sexta-feira, das oito às 20 ho­ras. A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Bra­sil (ANABB) cobrou a revisão das medidas anunciadas nesta segunda-feira.

Em carta encaminhada nesta segunda ao presiden­te do BB, André Guilherme Brandão, a ANABB diz que as medidas transmitem uma per­cepção de “cortina de fumaça” para encobrir intenções priva­tistas em torno do BB. Para a entidade, o esvaziamento e o enfraquecimento de sua atua­ção em áreas chave de negócios comprometem sua solidez e seu papel de banco público.

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