O Banco do Brasil aplicará R$ 100 milhões em um convênio inédito firmado em parceria com o Grupo Adir, tradicional fazenda selecionadora de gado nelore, que beneficiará milhares de produtores de carne e leite em todo o País. A parceria foi anunciada em 25 de julho, na sede da propriedade, a Estância 2L, em Ribeirão Preto, com a presença de 300 convidados.
O banco estatal é a instituição financeira que mais investe no agronegócio brasileiro e o Grupo Adir é a única marca de gado remunerada na ponta final da cadeia produtiva da carne bovina. A parceria foi batizada de Programa de Melhoramento Genético Banco do Brasil e Grupo Adir.
Funcionando como elo de integração dos produtores com o Banco do Brasil, o Grupo Adir intermediará o financiamento de doses de sêmen, embriões, prenhezes, touros e matrizes selecionadas, além de ainda facilitar o acesso dos pecuaristas a produtos veterinários, serviços de assistência técnica e capacitação de mão de obra.
O Banco do Brasil é o maior banco da América Latina e líder mundial no crédito para o agronegócio. Tem mais de 200 anos de história, cerca de cinco mil dependências e 100 mil funcionários. “Não podemos associar uma marca tão valiosa quanto à nossa a outra que não seja do porte do Grupo Adir. Não temos dúvidas de que o Programa de Melhoramento Genético será um sucesso”, frisa o diretor de Agronegócio do BB, Marco Túlio Moraes da Costa.
Segundo ele, mais do que um simples convênio de melhoramento genético, o compromisso do programa é facilitar o acesso dos produtores rurais a um material genético que seja realmente capaz de elevar a produtividade e a margem de lucro das propriedades.
Costa compara a filosofia do Grupo Adir à eficiência produtiva o modelo norte-americano de produção de carne bovina, que apresenta uma taxa de desfrute elevada do rebanho, mesmo com plantel menor. “Isto é o que temos presenciado no Grupo Adir”, frisa.
Nos últimos anos o Grupo Adir vem surpreendendo a pecuária nacional, defendendo o papel da pureza racial na raça nelore para elevação dos índices de lucratividade do produtor rural. Trabalho este que culminou no lançamento de programas de bonificação inéditos e também na maior negociação individual de doses de sêmen no mundo. A Fazenda Nova Piratininga, de São Miguel do Araguaia (GO), vendeu mais de 90 mil doses.
Esse é o resultado de uma vida inteira dedicada à pecuária brasileira e à pureza racial do nelore. “O padrão natural da raça e a experiência em avaliar o potencial de cada linhagem ao longo das gerações é o principal legado dos importadores de 1906 e da década de 1960, mostrando que nada fora disso é realidade”, diz Adir do Carmo Leonel, que administra a propriedade ao lado do filho, Paulo Leonel.
Taxas de 4,6% e dez anos para pagar
O Grupo Adir vai intermediar todos os trâmites com o produtor, depois de avaliar as condições sazonais de produção e o material genético mais adequado às metas de cada cliente. Em seguida, indicará as modalidades de crédito. No Programa de Melhoramento Genético Banco do Brasil e Grupo Adir há financiamentos que envolvem prazos de três a dez anos para pagamento, com taxas que podem variar de 4,6% a 10% ao ano. As propostas serão aprovadas pelo Banco do Brasil através do Portal BB.
Se deferidos, os contratos serão enviados às Agências de Relacionamento BB para assinatura. Todo o processo será digital e automatizado para que o contrato seja assinado com máxima agilidade, em até, no máximo, três dias. “Todos os pecuaristas, dos grandes aos pequenos, serão contemplados com condições exclusivas de pagamento. Em qualquer modalidade, a carência é de um ano e as parcelas serão anuais”, esclarece Walter Celani, gerente do Grupo Adir.