A 13ª edição do Bazar Sustentável será neste sábado, 7 de dezembro, no Hotel Araucária Plaza (na área gourmet, rua João Penteado nº 2.103, esquina com a avenida Antônio Diederichsen, no Jardim América, Zona Sul), em Ribeirão Preto, com a participação de 35 expositores, a maioria com produtos reciclados e brechós. Neste espaço, os artesãos da região e de São Paulo mostram como utilizam matéria-prima descartada, que faz circular a economia informal e estimula o consumidor a ter consciência ambiental.
Quem ainda não conhece, pergunta: o que é um bazar sustentável? Afinal, a prática da sustentabilidade é ampla e pode ser utilizada em várias situações para a preservação do meio ambiente. No caso do Bazar Sustentável, o objetivo é mostrar o resultado do trabalho feito com produtos reciclados, cuja matéria-prima é descartada, como madeira, vidro, sobras de couro e de tecido, cápsulas de café, caixas de charuto, plástico e outros poluentes da natureza.
O bazar agrega “caçadores” desses materiais de Ribeirão Preto, Serrana, Franca, Altinópolis e até de São Paulo, direto da avenida Paulista, onde uma artesã expõe bijuterias feitas com sobras de vidro. Esses artesãos produzem uma arte primorosa e acabam contribuindo para a “sustentabilidade das coisas”. Além de servir apenas para embrulhar e depois ir para o lixo, os jornais são aproveitados para fazer peças de decoração.
Canudinhos de jornal e cola resultam em vasos, presépios, anjos. Do lixo pode surgir tudo o que a imaginação permitir em termos de criatividade. Paletes recolhidos em caçambas se transformam em árvores de natal, bandejas, espelhos, santos. Discos de vinil, cabaças e sobras de couro também ganham vida nova, só para citar alguns exemplos.
No 13º Bazar Sustentável, é possível encontrar presentes de Natal diferentes e com preços atrativos. Um brinco de cápsula de café, por exemplo, custa a partir de R$ 100. Da consciência ambiental de mãe e filha, nasceram as bijuterias feitas de cápsulas de café depois de usadas. Material de primeira linha que ia ser jogado fora vira um luxo só quando usados para fazer brincos, colares, pulseiras.
Ainda na área de assessórios estão as bijuterias de cara nova, ou seja, recicladas, porque são antigas e estão fora de moda, algumas porque arrebentaram ou porque a dona enjoou. O espaço do artesanato é dividido com os brechós de roupas seminovas e customizadas. Imagine um vestido de grife usado apenas uma ou duas vezes com preço de custo ou uma blusa com um bordado em cima da mancha. A customização prolonga a vida de qualquer roupa, especialmente as de melhor qualidade.
O som do bazar vem dos instrumentos musicais feitos por artistas de Serrana, que utilizam sobras de madeiras e caixas de charuto ou latas, para fazer guitarras, por exemplo. Um trabalho minucioso, digno dos melhores riffs, do blues ao rock. Segundo as organizadoras, a jornalista Mariangela Gumerato e a bibliotecária Mônica Barbosa, o Bazar Sustentável existe para exercitar a consciência ambiental dos consumidores e produzir renda para os pequenos produtores. É um espaço para trocar ideias sobre natureza, vida saudável e projetos sociais.
Nesta edição, vão participar duas ONGs – a Pau Brasil, que incentiva o plantio de árvores, e a Efêmera, formado por mulheres em situação de risco, que pintam camisetas e aprendem a ser empreendedoras. Quem for ao bazar vai encontrar, ainda, produtos orgânicos cultivados em um assentamento onde a agricultura familiar está sendo formalizada. Frutas, legumes e hortaliças produzidos pela comunidade na Fazenda da Barra, em Ribeirão Preto, serão vendidas com renda para os próprios agricultores.