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Bares, restaurantes e afins – ‘Lei dos Bares’ é sancionada

Bares, restaurantes e casas noturnas de Ribeirão Preto terão de adotar medidas para auxiliar as mulheres e público LGBT­QIAP+ que se sintam em situa­ção de risco nas dependências destes estabelecimentos. O auxílio pode ser o acompa­nhamento até o carro ou outro meio de transporte, ou ainda comunicação à polícia.

O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) sancionou a lei núme­ro 14.796/2023, aprovada na Câmara de Vereadores em 14 de fevereiro, de Sérgio Zerbi­nato (PSB), determinando que estes estabelecimentos terão de disponibilizar assistência ao público-alvo, caso alguém se sinta em situação de risco e se manifestar sobre isso.

Os estabelecimentos deve­rão afixar dentro das instala­ções cartazes que informem a disponibilidade do local em auxiliar a mulher e a popula­ção LGBTQIAP+ que vier a manifestar uma situação de risco. Deverão ainda, treinar e capacitar seus funcionários para a aplicação das medidas protetivas. Outros meios de comunicação com o cliente também poderão ser adotados.

A sanção foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de sexta-feira, 10 de março. Outras cidades, como Franca, já adotaram leis sobre o assunto. O governo de São Paulo sancionou o projeto nº 874/2019 que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos a adotarem medi­das de auxílio à mulher que se sinta em situação de risco.

A nova lei foi publicada na edição do Diário Oficial do Es­tado (DOE) do dia 4 de feve­reiro. De autoria dos deputados Coronel Nishikawa (PSL), Mar­cio Nakashima (PDT) e Dama­ris Moura (PSDB), a propositura tem como finalidade combater o assédio e as diferentes formas de violência contra as mulheres, in­cluindo a violência psicológica.

“A proteção e a garantia dos direitos das mulheres são prioridades da nossa gestão. A nova lei vem para comple­mentar as ações de amparo e acolhimento às vítimas de violência no Estado. São Pau­lo avançou muito nos últimos anos em medidas diversas para mulheres, nosso trabalho ago­ra é garantir que elas se tornem efetivas, eficazes e contínuas”, afirmou Tarcísio de Freitas.

No início do mês, o go­vernador já tinha publicado uma primeira determinação que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos a adotarem medidas de auxílio às mulheres que se sintam em situação de risco. O auxílio tem de ser prestado pelo esta­belecimento mediante a ofer­ta de um acompanhante até o carro, outro meio de transpor­te ou comunicação à polícia.

Caso Daniel Alves
As iniciativas tomadas até agora pela administração es­tadual são inspiradas no do­cumento espanhol No Callem (Não nos silenciamos, em ca­talão), que aplica medidas para combater a violência de gênero. O protocolo já foi adotado por 40 estabelecimentos de Barce­lona, entre elas, a boate Sutton, onde o jogador Daniel Alves, de 39 anos, teria estuprado uma mulher de 23 anos.

A boate de luxo seguiu as recomendações à risca. A jo­vem deixou a boate em uma ambulância em direção a um hospital de referência. Os fun­cionários que atenderam a mu­lher foram treinados seguindo o protocolo. Daniel Alves está preso por agressão sexual.

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