O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial de preços no país –, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana, fechou 2022 em 5,79%. A taxa em doze meses é o resultado mais baixo desde fevereiro de 2021, quando estava em 5,20%.
Dados do indexador mostram que bares e restaurantes continuam segurando os repasses dos principais insumos para os cardápios. Em dezembro, a inflação na alimentação fora do lar ficou em 0,52%, abaixo do índice geral de 0,62% e do número relativo aos alimentos e bebidas, de 0,66%.
Apesar da volta do movimento nos bares e restaurantes, o setor ainda está represando parte dos aumentos dos insumos. No acumulado do ano, embora um pouco acima do índice geral (5,79%), a inflação no setor (7,47%) fechou muito abaixo do índice de aumento dos alimentos e bebidas (11,64%) e teve quase metade do aumento registrado na alimentação dentro de casa (13,23%).
“Esse é um movimento histórico, se você pegar um espaço mais amplo, como os últimos dez anos. Parte é explicada pelo ganho de produtividade no setor, movimento acelerado pela pandemia, mas outra parte se deu pela falta de condições de aumentar o cardápio num ano de retomada”, diz Renato Munhoz, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da Alta Mogiana.
“O fato é que, em termos relativos, diminui a distância entre o custo de se comer em casa do custo de se comer em bares e restaurantes”, emenda. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Alta Mogiana conta atualmente com 180 estabelecimentos cadastrados na macrorregião de Ribeirão Preto. No setor de alimentação fora do lar, as refeições (5,86%) subiram bem menos que os lanches (10,67%) no acumulado do ano.
Nos últimos doze meses, os insumos no geral ficaram mais caros como o arroz (5,98%), a batata inglesa (51,92%), cebola (130,14%), cenoura (2,52%), presunto (6,51%), leite longa vida (26,18%), biscoito (24,04%), pão de queijo (20,03%) e pão de forma (29,72%). Já outros sofreram deflação, como é o caso do feijão preto (-6,01%), da carne de porco (-0,25%) e do filé mignon (-10,72%).