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Bares e restaurantes voltarão a empregar

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O setor de bares e restau­rantes de Ribeirão Preto deu início à fase de recuperação gradual, depois de cinco me­ses sem atendimento presen­cial por causa da pandemia do novo coronavírus. A conclusão tem por base uma pesquisa feita pela Associação de Bra­sileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da cidade.

Segundo o levantamento, mais de 90% dos empresários do segmento acreditam que devem abrir contratações até janeiro de 2021. Os dados tam­bém indicam que dentre os donos deste tipo de estabeleci­mento na cidade, mais de 55% apostam na volta à “normali­dade” nos próximos meses.

“O cenário é otimista e es­tamos contando com a melho­ra no quadro do novo corona­vírus em Ribeirão Preto, como os números têm mostrado. É um período de se preparar, mas também de observar”, alerta Renato Munhoz, presi­dente da Abrasel.

De acordo com o levan­tamento, 79% do comércio de alimentação fora de casa devem contratar até 25% dos funcionários perdidos durante o auge da pandemia na cidade e 11% esperam re­compor em até 50% o quadro de empregados nos próximos quatro meses.

Somente 9% dos bares e restaurantes contam com o quadro completo de funcioná­rios. A maioria das vagas são para garçom, auxiliar de cozi­nha, recepcionista e até geren­te. De acordo com a Abrasel, a orientação é que todos os cola­boradores recebam treinamen­to adequado para lidar com o novo formato de atendimento nesses estabelecimentos.

A pesquisa mostra que, no planejamento do setor, o cenário adequado referente a faturamento e contratação de funcionários deve levar, no mínimo, seis meses para voltar ao patamar de antes da crise sanitária. Para 28,4% deles a aposta é que o ramo se recupere entre dois a seis meses. Para 26,9%, essa recu­peração pode levar de seis a doze meses.

“Apesar de uma retoma­da que se apresenta de forma gradual, os empresários da área ainda estão cautelosos, porque essa retomada depen­de de vários fatores, como a aprovação de uma vacina e de um plano de reconstrução efetivo”, explica Sacha Reck, conselheiro da entidade.

nesta semana pela Secretaria de Trabalho do Mi­nistério da Economia, a econo­mia de Ribeirão Preto fechou agosto com saldo de 810 novas vagas de emprego com carteira assinada, fruto de 6.538 admis­sões e 5.728 demissões.

No período da pandemia, entre março e agosto, a cidade eliminou 8.862 empregos for­mais, com 34.410 admissões e 43.272 demissões. Em oito me­ses deste ano, a economia ri­beirão-pretana ainda acumula déficit de 7.095 empregos for­mais, resultado de 52.803 con­tratações e 59.898 rescisões.

O setor de serviços regis­trou 3.629 novos empregos formais e 3.284 rescisões, su­perávit de 345 vagas. Neste ano, entre janeiro e agosto, são 29.933 contratações e 34.010 rescisões, déficit de 4.077 pos­tos. Já o comércio fechou agos­to com saldo positivo de 178 postos de trabalho, fruto de 1.642 admissões e 1.464 de­missões. No ano, o rombo che­ga a 3.266, resultado de 13.123 trabalhadores admitidos e 16.389 dispensados.

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