A banda Abayomy estará em Ribeirão Preto nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, no Armazém Baixada, com o show “Afrobeat, Afrontas e Lacrações”, que trará toda a musicalidade do grupo em um repertório que visita seus dez anos de carreira. O espaço cultural fica na rua Duque de Caxias nº 141, no Centro Velho. Mais informações pelo telefone (16) 99251-5127. Os ingressos custam entre R$ 15 e R$ 25 e estão à venda somente na bilheteria – conta com estacionamento exclusivo (R$ 10).
A casa abre às 22 horas, mas a apresentação deve começar por volta da 00h30 de sábado (2). Além de faixas dos álbuns “Abayomy” e “Abra sua cabeça”, o setlist contará com releituras representativas para a banda, como “Meus filhos, meu tesouro (Jorge Bem Jor), “Baba Alapalá” (Gilberto Gil) e canções da Orquestra Afro-Brasileira. Os músicos prometem também apresentar uma faixa inédita, parte do trabalho que será lançado ainda em 2019.
Neste novo ciclo, a sonoridade da Abayomy se volta ainda mais para a música brasileira, explorando ritmos do Norte e Nordeste do país. Expande as experimentações dentro da música africana, e aprofunda a crítica social sem perder a verve dançante e divertida, que são características importantes do som da banda.
“Temos que nos divertir e entreter. Acho que de alguma forma nos dedicar a isso vai ser a melhor resposta contra aqueles que nos entristecem. Estamos buscando explorar melhor a poesia dentro da mensagem e musicalmente queremos dar um passo adiante sempre. Já temos alguns esboços de músicas e temas já bem encaminhados e esperamos em breve mostrar algumas delas para o público”, comenta o vocalista e guitarrista Gustavo Benjão.
A Abayomy nasceu no Rio de Janeiro como um tributo ao criador do afrobeat, o nigeriano Fela Kuti. Alguns dos 13 músicos já se conheciam, outros se conheceram nos ensaios no Cosme Velho – a formação atual tem onze integrantes e várias mudanças em relação à original. O que nenhum deles podia prever naquela época é que o show no primeiro Fela Day realizado no Brasil, em 2009, seria um sucesso e despertaria em todos uma vontade irresistível de levar o projeto a outro patamar.
Então surgiu o nome Abayomy, uma celebração às raízes africanas e à convergência de energias e objetivos de seus integrantes: O significado em Iorubá é (entre outras coisas) “encontro feliz”. Com a banda batizada, o caminho natural foi buscar identidade própria, deixando que outras referências surgissem sem amarras, porém preservando a essência estética que os uniu. Assim, o primeiro álbum lançado, “Abayomy” (2012), é um disco de afrobeat brasileiro, com acento próprio, e com produção de André Abujamra.
Abayomy já sinalizava que o grupo tinha muito mais a explorar, caminho que se concretizou em “Abra sua cabeça”, de 2016. Com oito faixas, o álbum traz a energia, o ritmo e a crítica às desigualdades raciais e sociais típicas do afrobeat, agregado a sonoridades brasileiras, funk, rock e influências de outros países africanos. Guitarras, percussão e teclado assumem novas funções. Desta vez, a maior parte das letras é em português.
Em seu processo coletivo de criação, “Abra sua cabeça” contou com colaborações de peso: o baterista nigeriano Tony Allen e o guitarrista Oghene Kologbo, parceiros de Fela Kuti; os músicos Otto e Céu; o produtor e baterista Pupillo e o vocalista Jorge Du Peixe, ambos da Nação Zumbi.
Além de Gustavo Benjão, a banda hoje conta com Fábio Lima (sax tenor e vocal), Thiago Queiroz (sax barítono), Monica Avila (sax alto), Ricardo Rito (teclados), Pedro Costa (guitarra), Anderson Ferraz (trompete), Gabriel Menezes (baixo), Cláudio Fantinato (percussão), Rodrigo Larosa (percussão) e Pedro Fonte (bateria).