Tribuna Ribeirão
Geral

Bancos de RP terão de agendar atendimento

ALFREDO RISK

Grávidas, idosos e pessoas com deficiência terão agenda­mento prioritário nas agências bancárias de Ribeirão Preto durante a pandemia do novo coronavírus. O projeto do ve­reador Igor Oliveira (MDB) foi sancionado pelo prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB) e publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta quin­ta-feira, 23 de abril.

Segundo o vereador, a pro­positura veio após uma fiscali­zação feita por ele nas unida­des da cidade. Muitas pessoas, principalmente idosos, acaba­ram ficando muito tempo na fila, expostos, sem nenhuma regra, contrariando o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente a cidade conta com 127 agências bancárias.

“Essa é uma vitória das pes­soas que mais precisam. Em época de pandemia, aglomerar as pessoas na rua, expostas ao sol, sem nenhum tipo de con­forto é muito cruel. Os bancos ganham muito dinheiro, não podem tratar seus clientes des­sa forma”, afirma Igor Oliveira.

O que diz o projeto
A lei entrou em vigor já a partir da publicação no Diá­rio Oficial do Município. Os bancos ficam obrigados a dis­ponibilizar agendamento para atendimento prioritário a ido­sos, gestantes e deficientes fí­sicos, durante a pandemia de covid-19 e o agendamento será feito pelo telefone, site ou apli­cativo do próprio banco.

No caso da impossibilida­de do agendamento, a agência bancária deverá disponibilizar horário exclusivo de atendi­mento para idosos, gestantes e deficientes físicos. Havendo descumprimento, a multa será de 100 Unidades Fiscais do Es­tado de São Paulo (Ufesps) por infração – cada uma vale R$ 27,61 neste ano e a autuação pode chegar a R$ 2.761.

Hospitais
O Ministério Público Fe­deral (MPF) obteve decisão favorável para a destinação de R$ 574.729,74 às ações de combate à covid-19 em Ribei­rão Preto. Metade do valor será aplicado no Hospital das Clíni­cas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP) e os outros 50% serão encaminhados à Santa Casa de Misericórdia.

O montante será utiliza­do de acordo com os planos de ação de enfrentamento à pandemia de covid-19 apre­sentados pelas duas unidades de saúde. Com o dinheiro, os hospitais pretendem adqui­rir insumos e equipamentos necessários ao socorro dos pacientes infectados com o novo coronavírus, bem como ampliar o número de lei­tos, caso haja necessidade.

Os recursos são oriundos de indenizações obtidas em ação civil pública ajuizada pelo MPF e vinculada à 2ª Vara Federal de Ribeirão Preto. O pedido para a distribuição da quantia baseia-se em diretrizes dos Conselhos Nacionais do Ministério Público (CNMP) e de Justiça (CNJ), que em mar­ço deste ano recomendaram a destinação de valores depo­sitados em contas judiciais às ações emergenciais de saúde em todo o país.

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