O setor bancário continuou concentrando a maior parte das dívidas dos brasileiros em outubro de 2024, 64,93% do total de débitos. Em seguida, estão Comércio (10,51%), Água e Luz (10,38%) e Outros (8,22%). Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O único aumento da evolução das dívidas por setor credor foi observado nos Bancos (4,16%). Água e Luz, Comércio e Comunicação apresentaram quedas de 6,77%, 5,90% e 5,46% respectivamente. No que se refere à soma de todas as dívidas, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.425,73, distribuídos entre 2,12 empresas credoras no período.
O presidente da CNDL, José César da Costa, avalia que “com o aumento da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, afetando ainda mais os consumidores endividados, principalmente aqueles com dívidas bancárias”.
Cerca de três em cada dez consumidores (30,93%) tinham dívidas no valor de até R$ 500 e, enquanto 44,74% dos inadimplentes possuíam débitos até R$ 1.000. Sobre as regiões do país, o Centro-Oeste é onde foi registrado o maior número de inadimplentes no período (44,54%).
Por outro lado, no Sul, houve a menor proporção de negativados (36,66%). O Centro-Oeste também teve a maior alta anual no número de dívidas em outubro deste ano: 6,44%. Na sequencia, estão Nordeste (2,46%), Sudeste (1,19%) e Norte (0,25%). No Sul, entretanto, houve queda de 1,68%.