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Banco terá de pagar R$ 199,4 mil ao IPM

Fachada do IPM de Ribeirão Preto - Foto Alfredo Risk

O Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) venceu, na última semana, ação ajuizada con­tra o Banco Santander por ter R$ 199,4 mil desviados de uma conta bancária. O ataque ocorreu após um hacker ter acesso à senha do internet banking e fazer as transa­ções não autorizadas.

Entre os dias 5 e 8 de outubro do ano passado, o IPM foi alvo de quatro transferências nos valores aproximados de R$ 49 mil cada uma – duas por dia –, após o dire­tor financeiro Miguel Boudakian Moysés atualizar o dispositivo internet banking pelo sistema ele­trônico da instituição financeira.

A atualização, segundo a su­perintendente do IPM, Maria Regina Ricardo, foi feita porque o banco teria informado, naquele período, em seu site, que realizaria a atualização destes dispositivos. Outro motivo foi o fato do diretor financeiro do IPM ter recebido ligação telefônica de uma mu­lher de nome Flávia informando que era funcionária da instituição bancária e que havia entrado em contato para realizar a atualização.

De acordo com o instituto, ela tinha todas as informações, inclu­sive as restritas apenas aos direto­res com acesso a esta conta, como por exemplo, valores depositados e quem eram as pessoas com au­torização para fazer movimenta­ções bancária.

“Todo processo de atua­lização foi feito pelo site com acompanhamento em tempo real da até então para nós, fun­cionária do banco”, explica Ma­ria Regina Ricardo. Dois dias após a atualização os saques eletrônicos virtuais foram feitos.

Após tomar conhecimento do saque eletrônico, a superin­tendente solicitou explicações ao banco, registrou boletim de ocor­rência (BO), procurou o Ministé­rio Público Estadual (MPE) para denunciar o roubo virtual e abriu sindicância administrativa.

Segundo a sentença judi­cial, “as instituições financeiras respondem objetivamente pe­los danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e de­litos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias. Por este motivo, ficou constata­do que houve falha na prestação dos serviços por parte do banco”.

Diz ainda que o Santander deverá ressarcir o IPM com o valor que foi desviado, atualiza­do monetariamente pelo Índice nacional de Preços ao Consumi­dor Amplo Especial (IPCA-E), acrescido dos rendimentos da poupança no período.

Moysés Júnior pediu afas­tamento do cargo de diretor financeiro assim que os saques foram constatados para que a investigação fosse realizada com imparcialidade na semana pas­sada foi exonerado por determi­nação da sindicância. O cargo de confiança é em comissão, sem vínculo empregatício.

Outras cidades já sofreram ataques semelhantes. Em setem­bro do ano passado, na cidade paulista de Jacareí foram transferi­dos pelo internet banking, R$ 317 mil da conta corporativa da Câ­mara de Vereadores. O valor que sumiu seria utilizado para paga­mento do salário dos cerca de cem servidores daquela Casa de Leis.

Em nota enviada ao Tribuna na época dos saques, o Santander informou que as transações con­testadas são válidas, pois “foram autenticadas com credenciais de segurança de uso exclusivo e in­transferível do cliente (senha)”. Informação esta que, segundo o banco, “não pode ser fornecida a qualquer outra pessoa, em nenhu­ma hipótese ou circunstância, sem qualquer exceção.” O banco ainda pode recorrer da decisão.

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