O Banco de Sangue de Ribeirão Preto continua com seus estoques sanguíneos em estado crítico, um déficit que se acentuou desde o início do ano, de 65%. Porém, neste momento, os tipos que mais estão em falta são os negativos O, A e B.
Considerado universal, o sangue O- não pode faltar, pois em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o tipo de sague do paciente, ele é o requisitado pelos hospitais. Já os sangues A- e B- são tipos mais raros, que podem ser doados somente entre os que possuem o mesmo tipo sanguíneo.
Todos os tipos sanguíneos são necessários e o apelo é para que os doadores compareçam urgente no local para praticar esse gesto solidário que salva até 4 vidas. Eli Mendes, líder de captação do Banco de Sangue de Ribeirão Preto, alerta que todos os doadores, de todos os tipos sanguíneos, são bem-vindos nesse momento.
“Estamos passando por um momento muito difícil, que se acentuou com os impactos da pandemia. Porém, esperamos que agora, neste início de ano, quando temos uma esperança no enfrentamento à Covid, com o início da vacinação no país, as pessoas se sensibilizem mais para a questão da doação de sangue”, afirma Eli Mendes.
Para regularizar os estoques e evitar atrasos ou impactos nos atendimentos, são necessárias 70 doações diárias. Com os casos de Covid-19, a situação faz as doações se tornarem ainda mais urgentes. O Banco de Sangue de Ribeirão Preto segue rigorosamente todos os protocolos contra a covid-19.
Recentemente conquistou o selo Covid Free de Excelência, que é concedido às instituições que mantêm boas práticas preventivas para o enfrentamento ao coronavírus. Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue. Quem viajou para o exterior deve esperar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue.
Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus sars, mers e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas.
Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos sars, mers e/ou 2019- nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de sangue de um país seja de 3% a 5% do total da população. No Brasil, porém, de acordo com dados do Ministério da Saúde, este índice está abaixo de 2%. Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação).
Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas. Na hora da doação, deve apresentar um documento oficial com foto – Registro Geral (RG, a cédula de identidade), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e etc. – em bom estado de conservação. Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar três horas. Não é necessário estar em jejum.
O Banco de Sangue fica na rua Quintino Bocaiúva nº 895, na Vila Seixas (atrás do Hospital São Lucas). O telefone é o (16) 3610-1515 e o WhatsApp (16) 99702-830. O atendimento vai das sete às 18 horas, de segunda a sábado (exceto feriados) – aos doadores, estacionamento gratuito na esquina das ruas Quintino Bocaiúva e Vicente de Carvalho.