Para muitas pessoas que estão enfermas, os componentes sanguíneos são a única esperança de vida. Um em cada dez pacientes internados necessitam de transfusões. Por isso, as doações de sangue têm de ser constantes e em um ritmo que atenda a essas demandas.
Porém, em período de férias escolares, como no mês de janeiro, há uma queda acentuada nas doações em todos os bancos de sangue do país, pois as famílias viajam e as pessoas se esquecem de doar sangue. Somado a esse fato, as fortes chuvas da estação também impactam na queda das doações.
Atualmente, no GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto os estoques sanguíneos estão 30% abaixo do ideal. Os tipos O+ e O- são os que mais estão em falta, com uma cobertura para apenas doze dias, quando o ideal para que se tenha uma margem de equilíbrio é de 18 dias.
“Em janeiro, ao mesmo tempo em que as doações caem, as demandas por transfusões aumentam em função das cirurgias dos pacientes que já estão em tratamento e também dos atendimentos emergenciais decorrentes de acidentes em estradas”, diz Micheli Caligioni, captadora de doadores do Banco de Sangue de Ribeirão Preto.
“Por isso, fazemos um alerta para que a população se sensibilize e doe sangue”, ressalta. Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. A falta de sangue pode suspender cirurgias nos hospitais da região. A doação também proporciona chance de vida e esperança a quem necessita de transfusão.
Entre esses pacientes estão os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes, e também vítimas de queimaduras.
De acordo com as normas do Ministério da Saúde, as mulheres podem doar sangue até três vezes por ano, observando um intervalo de três meses entre cada doação. Já os homens podem doar até quatro vezes ao ano com intervalo de 60 dias entre as doações. Apenas 1,8% dos brasileiros doam sangue regularmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que de 3% a 5% da população seja doadora.
Requisitos
Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas.
Documentos
Na hora da doação, deve apresentar um documento oficial com foto – Registro Geral (RG, a cédula de identidade), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e etc. – em bom estado de conservação. Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar três horas. Não é necessário estar em jejum.
Os potenciais doadores com diagnóstico ou suspeita de covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, só poderão doar sangue após um período de dez dias após recuperação da doença. Antes, eram 14 dias.
Também serão consideradas inaptas as pessoas que apresentarem teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, mesmo que sejam assintomáticas. Aqui, o período de proibição é de dez dias após a data da coleta do exame. Na atualização, foi retirado ainda o critério de inaptidão para doação de pessoas que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos de covid-19.
Onde
O GSH Banco de Sangue fica na rua Quintino Bocaiúva nº 975, na Vila Seixas, na região Central – telefone (16) 3977-5900 e WhatsApp (16) 99702-0830. O local dispõe de uma infraestrutura ampla, em um espaço exclusivo, fora de um ambiente hospitalar, para acolher o doador de sangue. Atende de segunda-feira a sábado, das sete às 18 horas.