A bancada do PT na Câmara anunciou nesta quarta-feira (28) que vai pedir ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que envie a Polícia Federal para investigar os tiros disparados na noite de terça (27) contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Paraná.
Para os deputados, o atentado foi um “crime político”, e a Constituição determina a federalização em casos desta ordem.
Em entrevista coletiva, três parlamentares do partido –Marco Maia (RS), Paulo Teixeira (SP) e Celso Pansera (RJ)- – afirmaram ainda que enviarão até no máximo a próxima segunda-feira (2) um conjunto de ações judiciais à PGR (Procuradoria-Geral da República) para denunciar a “tentativa de assassinato” contra o presidente Lula e membros da caravana.
“Nós temos enfrentado durante esse período todo a ação de milícias organizadas, que têm praticado atos de terrorismo contra os membros da caravana e contra o presidente Lula”, declarou Marco Maia.
“Nós estamos de frente a uma escalada violenta de um setor fascista da sociedade brasileira contra a política”, acrescentou o deputado.
Os deputados informaram que estão tentando agendar ainda para esta quarta uma audiência com Jungmann para que ele reconsiderasse sua posição de não enviar a PF ao Paraná. À noite, a assessoria de imprensa do PT na Câmara informou que o encontro ficou para a semana que vem.
Ontem, o ministro classificou o ataque como “inaceitável”, mas afirmou que a corporação não irá investigar o caso porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar. “Caberá à investigação estabelecer se foi ou não (um atentado político)”, disse.