Por João Pedro Malar*
A organização do Bafta, premiação britânica de filmes, foi criticada pela falta de diversidade nas indicações para os prêmios. O filme Coringa lidera as investigações. Em resposta às críticas, os representantes da premiação disseram que a ausência de pluralidade é reflexo de um problema na indústria cinematográfica.
Os escolhidos para os prêmios da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (Bafta) foram anunciados nesta terça-feira, 7. Com apenas diretores homens e atores e atrizes brancos indicados, a hashtag #BaftaIsSoWhite surgiu no Twitter em meio a críticas à falta de diversidade na premiação.
“Nós gostaríamos que houvesse mais diversidade nas indicações, mas isso continua a ser um problema que afeta toda a indústria (cinematográfica)”, disse Emma Baehr, uma das diretoras da premiação, em entrevista para a revista Variety. “Mas isso não deveria diminuir aqueles que foram indicados este ano”, concluiu.
O chefe do comitê de filmes do Bafta, Marc Samuelson, também expressou sua indignação: “uma falta de diversidade enfurecedora a nas indicações para atores. É frustrante que a indústria não esteja se movendo tão rápido quanto todo o time do Bafta gostaria que estivesse”.
Indicações ao Bafta
O longa Coringa, protagonizado por Joaquin Phoenix, lidera as indicações da premiação, concorrendo em 11 categorias. O ator ganhou o Globo de Ouro de melhor ator no último domingo, dia 5.
Além de Coringa, O Irlandês, filme de Martin Scorsese, e Era uma Vez… em Hollywood, de Quentin Tarantino, receberam dez indicações cada. O filme Parasita, de Bong Joon-hoo, foi indicado como melhor filme estrangeiro.
*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais