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Axial confirma acordo com o Fogão

O Axial Holding, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou nesta terça-feira (19), o acordo feito com o Botafogo para zerar uma dívida remanescente de R$ 47 milhões, conforme informou o Tribuna, na edição de ontem, com exclusividade. Parte do acordo já havia sido feito, em maio deste ano, quando o clube repassou a holding (antigo banco Axial), um terreno com 33 mil metros quadrados, fronteiriço ao estádio Santa Cruz e paralelo à Avenida Costábile Romano, descontado de um passivo de R$ 110 milhões. O valor restante foi negociado entre as partes após 17 anos de disputas judiciais e várias ameaças de leilão de patrimônios do Pantera, entre eles o estádio Santa Cruz. “Não corremos mais esse risco”, comemora o presidente Gerson Engrácia.

O acordo será celebrado, em definitivo, após o Botafogo concluir a adequação ao “Refis” – Programa de Refinanciamento Fiscal, que prevê parcelamento de dívidas com alguns “benefícios” –, e irá pagar, até o dia 28 de dezembro, quinta-feira da próxima semana, mais R$ 330 mil, totalizando R$ 630 mil em débitos fiscais e tributários. A holding quer o terreno desimpedido de quaisquer embaraços. “Eles se transformaram em um grande parceiro do Botafogo, após quase duas décadas de litígios”, diz Engracia.

A holding teria ajudado o Botafogo, inclusive, a levantar parte do dinheiro do Refis. Também contribuíram diretores do clube com empréstimos pessoais, e uma instituição financeira que investe em novos jogadores e por isso paga 10 parcelas de R$ 100 mil -. O Axial Holding terá direito de estampar marcas de seus produtos no uniforme do time no Campeonato Paulista. São produtores alimentares orgânicos, informa a assessoria.

O novo parceiro também estará presente em diversas ações alusivas ao centenário Botafogo, que ocorre em 2018.

Para o dirigente, essa negociação, considerada ‘histórica’ irá dar folga ao deficitário caixa do clube, que enfrenta sérias dificuldades financeiras inclusive para pagar os salários de funcionários, jogadores e ex-jogadores. “Sem a ameaça das penhoras iremos ter fluxo de caixa e saldaremos todos os nossos compromissos”, afirma Gersinho.

Foto: Alfredo Risk

Gerson Engrácia: sem a ameaça de penhoras e com maior fluxo de caixa

 

 

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