Tribuna Ribeirão
Política

Avenida Nove de Julho – Câmara aprova CEE para discutir ‘tráfego’


A Câmara de Vereadores aprovou proposta de Elizeu Rocha (PR) e vai instalar uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para discutir e apurar possíveis alter­nativas para o trânsito de veículos pesados – ônibus e caminhões – na avenida Nove de Julho, no Alto da Cidade, que corta vários bairros – Vila Seixas, Higienópo­lis, Jardim Sumaré etc. O projeto de resolução da Mesa Diretora do Legislativo foi aprovado na sessão desta terça-feira, 25 de junho.

A comissão terá 120 dias para realizar os estudos – o prazo pode ser prorrogado – e será composta por três parlamentares. Segundo Elizeu Rocha, a medida é neces­sária por causa de vários fatores, entre eles o estado de conservação dos paralelepípedos da avenida e o elevado custo para manutenção.

Ele lembra ainda que a via é tombada desde 2008 pelo Con­selho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Conp­pac) e por ser considerada patri­mônio histórico da cidade não pode ter o projeto original alte­rado. Cartão postal da cidade, a prefeitura deverá fazer estudos para viabilizar obras de mobilida­de na Nove de Julho.

Em julho do ano passado, o vereador Rodrigo Simões (PDT) sugeriu ao Executivo estudos para verificar, entre outros itens, a pos­sibilidade da troca dos paralelepí­pedos da avenida Nove de Julho. Na época, ele justificou o pedido por causa dos problemas da ma­lha viária, já que muitas peças se soltaram e em outros trechos não existia calçamento.

O vereador argumentava, ain­da, a necessidade de se resolver problemas estruturais da Nove de Julho, considerada por ele ca­minho de muitos veículos que partem do Centro e pedestres que trabalham ou visitam a região. Entre as reivindicações estavam a avaliação e poda de árvores con­denadas e uma ação conjunta do Executivo, Legislativo e so­ciedade civil organizada para transformar a Nove de Julho no­vamente num importante centro comercial e empresarial.

Na época, o parlamentar en­tregou ao prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) documentos e uma enquete feita com a popu­lação sobre a importância da re­cuperação daquele local. “Estou esperando a análise pela prefeitura do material que entreguei”, diz. A avenida Nove de Julho, considera­da um cartão postal da cidade, foi planejada pelo prefeito João Ro­drigues Guião em 1921.

Os primeiros quarteirões da avenida foram entregues no dia 7 de setembro de 1922, com o nome de avenida da Independência. A avenida passou a se chamar Nove de Julho alguns anos depois e ga­nhou prestígio na cidade a partir do início da década de 1950. As residências construídas nas proxi­midades seguiram, em sua maio­ria, o estilo moderno.

Com o passar do tempo, foi perdendo suas características de área residencial. Ao longo dos úl­timos 20 anos ela se transformou no principal centro financeiro da cidade e região. É famosa pelas frondosas sibipirunas. Mesmo com a transformação que sofreu nos últimos 40 anos a avenida manteve suas características que lembram a década de 1950 – os paralelepípedos da rua e o calça­mento dos canteiros centrais.

Ao longo de seus pouco mais de dois quilômetros, reúne cerca de 30 bancos, entre comerciais e de investimentos, além de segu­radoras, consórcios, bares, restau­rantes, lanchonetes etc. Um dos principais problemas para a ma­nutenção dos paralelepípedos da avenida é a falta de mão de obra especializada. Os últimos calcetei­ros se aposentaram e faltam pro­fissionais na área.

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