A utilização de máscaras em função da pandemia de covid-19 deixa de ser obrigatória em Ribeirão Preto a partir do próximo sábado, dia 12. A suspensão do uso, no entanto, é apenas para espaços abertos, continuando obrigatória em locais fechados. Anunciamos a medida na terça-feira, dia 8, por entender que os indicadores da doença estão melhorando significativamente e agimos com o aval do Centro de Contingência do Coronavírus, da Secretaria Municipal da Saúde. É um avanço que conquistamos graças às medidas adotadas, à obediência aos protocolos e principalmente ao aumento do número de pessoas vacinadas.
Não é ainda um “adeus máscaras”, como parte das pessoas deseja. É uma suspensão gradativa, condicionada a locais abertos, que agora iniciamos. Pode ser que precisemos retroceder. Se este for o caso, não vamos hesitar em recomendar a volta da utilização, em nome da proteção da saúde e da vida. Acredito, no entanto, que vamos avançar ainda mais com a continuação da redução de casos, internações e óbitos. E mesmo o anúncio feito é uma recomendação. Quem quiser continuar usando a máscara pode fazê-lo sem nenhum constrangimento. Porque há quem tenha se adaptado muito bem à sua utilização.
Decidimos pela recomendação ao não uso da máscara em locais abertos porque registramos uma queda de 42% no número de casos de covid-19 entre as semanas epidemiológicas 7 e 8. No mesmo período, o número de internações caiu 41% e os óbitos foram reduzidos em 32%. Como são números consolidados, refletem uma melhora sustentável nos indicadores da doença, o que permite o afrouxamento, com cautela, das regras impostas pela pandemia ao longo dos últimos dois anos, desde março de 2019, quando tivemos que suspender aulas presenciais e tomar até medidas mais drásticas quando o número de casos se ampliou de forma significativa.
Neste início de ano tivemos novamente um aumento significativo de casos da doença. Mas em função do grande número de vacinados, os que testaram positivo tiveram sintomas leves e a grande maioria nem precisou de internação. A utilização de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aumentou, mas nem de longe refletiu o grande número de casos. Mais uma comprovação de que a vacinação é eficaz para prevenir e evitar os casos graves, diminuir as internações em UTIs – com uso de respiradores – e os óbitos provocados pela doença.
Exatamente por isso insistimos tanto na vacinação. Investimos no melhor armazenamento de vacinas, na melhoria da logística de distribuição, na organização dos agendamentos e na disponibilização das doses de forma rápida e organizada, com o menor tempo de espera possível. E conseguimos um bom resultado vacinal. Hoje temos 89% do público-alvo – acima de cinco anos de idade – com a 1ª dose. A segunda dose ou dose única já chegou a 76% e a 3ª dose, de reforço, foi aplicada em 62% da população.
Os resultados confirmam o êxito dos imunizantes e vamos continuar a nossa luta para que todos recebam suas doses. Também reforçamos a necessidade de todos buscarem os locais de vacinação, principalmente os jovens de 18 a 29 anos, faixa etária que está com 77% da cobertura vacinal completa. Precisamos ampliar o percentual, porque essa é uma faixa etária que se movimenta muito e que está abaixo dos índices alcançados por outras faixas.
Além de tornar a máscara facultativa em locais abertos, ampliamos a permissão de ocupação para estabelecimentos comerciais e de serviços para 100%, reduzimos restrições para eventos, casas noturnas, atividades ao ar livre e atividades funerárias, desde que mantidos os protocolos. Estamos avançando juntos e vamos vencer esta pandemia que mudou a vida de todos.