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Economia

Auxílio emergencial – Governo libera mais R$ 28,7 bi

© Marcello Casal JrAgência Brasil

A equipe econômica autori­zou na terça-feira, 26 de abril, o repasse de mais R$ 28,7 bilhões para pagar o auxílio emergencial de R$ 600 (mães solteiras rece­bem R$ 1,2 mil). A medida ele­va para R$ 152,6 bilhões o custo com o benefício por três meses.

Segundo o Ministério da Economia, os recursos extras são necessários porque a de­manda ficou maior que o pre­visto. Cálculos do Ministério da Cidadania apontam que cerca de 70 milhões de brasi­leiros estão aptos a receber o auxílio emergencial.

A liberação não contempla uma possível extensão do pro­grama, que a princípio valerá apenas por três meses. O auxílio emergencial pode ser pedido até o próximo dia 3 de junho. Caso o benefício seja aprovado, o trabalhador informal receberá o auxílio em três parcelas, com espaço de 30 dias cada.

O novo orçamento para o auxílio emergencial é ligeira­mente superior aos R$ 151,5 bilhões anunciados na semana passada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Até noite de terça-feira, a Caixa Econômica Federal, responsável por operar o benefício, havia pa­gado R$ 70,8 bilhões a 56,9 mi­lhões de brasileiros.

O total de beneficiados corresponde ao triplo do ini­cialmente previsto pelo gover­no. Em março, ao anunciar as primeiras medidas de enfren­tamento à pandemia de coro­navírus, o Ministério da Eco­nomia tinha projetado que o auxílio emergencial custaria R$ 15 bilhões e beneficiaria de 15 milhões a 20 milhões de pessoas. Os números base­avam-se na proposta original do governo, que previa bene­fício de R$ 200.

Com a aprovação do texto pelo Congresso, que elevou o valor para R$ 600 e permitiu que mães solteiras recebessem em dobro, o governo elevou o orçamento do programa para R$ 98,2 bilhões e ampliou para 54 milhões a estimativa do número de beneficiados. No fim de abril, o governo pe­diu um crédito suplementar no Orçamento, ampliando a verba para R$ 124 bilhões.

Fraudes
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou mais de 160 mil possíveis fraudes no recebimento do auxílio emer­gencial de R$ 600 destinado a trabalhadores informais. De acordo com o ministro da CGU, Wagner Rosário, as irre­gularidades envolvem proprie­tários de veículos que custam acima de R$ 60 mil, donos de embarcações e pessoas que doaram mais de R$ 10 mil nas últimas eleições.

Rosário informou que a lis­ta com os cerca de 50 milhões de cadastrados será divulga­da em até 15 dias. “Em 12 a 15 dias vamos estar colocando em transparência toda a base do re­cebimento do auxílio emergen­cial. Todas as pessoas que vêm recebendo para que o cidadão possa ele mesmo fiscalizar”, diz Wagner Rosário.

Nesta quinta-feira (28), será feito o pagamento para os be­neficiários do Programa Bolsa Família com Número de Ins­crição Social (NIS) final 9. O crédito segue até esta sexta-fei­ra (29) até o número zero. Os beneficiários podem sacar o benefício pelo cartão do Bolsa Família. O calendário de crédi­to na poupança social digital da Caixa terminou anteontem.

Saques da segunda parcela
O calendário para saques da segunda parcela é diferente do calendário do crédito nas contas digitais e tem início no próximo sábado (30), para os nascidos em janeiro. No dia 1º de junho, os saques serão permitidos para quem nasceu em fevereiro, se­guindo nessa ordem até 13 de junho para os nascidos em de­zembro. No dia 7 de junho (do­mingo) não haverá saques.

No dia 21, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, dis­se que a segunda parcela do auxílio emergencial só será depositada em contas fora da Caixa Econômica Federal a partir do dia 30. Segundo ele, os beneficiários receberão o dinheiro automaticamente na conta corrente de outros ban­cos, no período de 30 de maio a 13 de junho, conforme o cro­nograma de saque em espécie do segundo lote.

Primeira parcela
Nesta quinta-feira, podem sacar em dinheiro os benefici­ários nascidos em novembro, e na sexta-feira, os de dezem­bro. Quem não conseguir ir ao banco no dia correspon­dente ao mês de aniversário pode ir em data posterior.

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