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Auxílio de R$ 200 vai à votação

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O projeto de lei que cria o auxilio emergencial de Ri­beirão Preto será votado na sessão da Câmara de Verea­dores desta quinta-feira, 20 de maio, graças a um pedido de urgência especial solicitado pelo presidente do Legislativo, Alessandro Maraca (MDB), foi aprovado pelos vereadores na noite desta terça-feira (18).

O projeto de lei que cria o “Acolhe Ribeirão” foi enviado à Câmara pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) também nesta terça-feira, após ser apresentado no período da manhã em sole­nidade virtual no Salão Nobre do Palácio Rio Branco. O evento contou com a participação de Maraca edo secretário da Casa Civil, Ricardo Aguiar.

Vinte mil pessoas devem ser beneficiadas com o pagamen­to de três parcelas no valor de R$ 200 cada, R$ 4 milhões por mês, R$ 12 milhões no total. No dia 7, a Câmara de Vereadores devolveu R$ 6 milhões para a prefeitura de Ribeirão Preto. O reembolso antecipado, segundo o presidente do Legislativo, será usado para criar o auxilio emer­gencial municipal. O objetivo é complementar o benefício do governo federal.

O Tribuna já havia anuncia­do a criação do benefício com exclusividade. A devolução de recursos – duodécimo – por parte da Câmara costuma ocor­rer no final do ano, mas foi ante­cipada para ajudar o Executivo a implantar o programa. Parte do recurso para bancar o auxílio in­vestimento virá da prefeitura e a outra, da Câmara de Vereadores.

Oficialmente, os recursos de­volvidos pelo Legislativo podem ser usados como a prefeitura dese­jar, mas um acordo de cavalheiros foi firmado para a destinação do dinheiro para o auxilio emergen­cial. Também existe a possibilida­de do benefício ser prorrogado em caso do agravamento da pan­demia de coronavírus.

Recentemente, Alessandro Maraca afirmou ao Tribuna que se o programa for esten­dido poderá analisar a ante­cipação da devolução de mais recursos. O presidente da Câ­mara é um dos entusiastas e defensores da criação do auxí­lio emergencial de R$ 200.

“Atualmente, existem duas prioridades, vacina e sobrevi­vência; e eu vejo muitos ribei­rão-pretanos em necessidade por conta dessa pandemia, e este foi meu combustível para indicar ao prefeito que a verba economizada pela Câmara fos­se destinada para um projeto de renda básica. Quando recebi a ligação do prefeito avisando da viabilidade do projeto e da nossa parceria em ajudar milhares de famílias, desabei como poucas vezes na vida”, afirma.

De acordo com o projeto es­tarão aptos a participar do “Aco­lhe Ribeirão” pessoas e famílias com renda familiar per capta de até R$ 477 cadastradas nos programas sociais do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, com data-base de 2021, ou na Central de Atendimento e Cadastro Emergencial da Secre­taria Municipal de Assistência Social (Cacem).

O solicitante do benefício também não poderá ser benefi­ciário de seguro-desemprego ou de outro benefício previdenci­ário. As famílias e pessoas terão que ser residentes em Ribeirão Preto. Se for chefiada por um homem, ele deverá ter no mí­nimo 18 anos de idade. No caso de famílias chefiadas por mu­lheres não haverá esta exigência.

Será beneficiada apenas um membro por família. Pessoas sozinhas também poderão rece­ber o auxílio emergencial desde que atendam os requisitos do programa. Caberá a Secretaria Municipal de Assistência So­cial (Semas) atualizar o cadas­tro dos beneficiários elegíveis, que será disponibilizado no site oficial da prefeitura (www. ribeiraopreto.sp.gov.br). O pa­gamento deverá ser feito pela Caixa Econômica Federal.

Terão direito ao auxilio municipal pessoas que já rece­bem o emergencial do governo federal, pois a ideia é que os R$ 200 extras por mês ajudem a complementar o valor pago pela União, considerado muito baixo pelos beneficiados.

O auxílio emergencial fede­ral é pago em quatro parcelas mensais de R$ 250, em média, exceção às mulheres chefes de família monoparental, que terão direito a R$ 375, e aos indivíduos que moram sozinhos, que recebe­rão R$ 150. Cerca de 45,6 milhões de pessoas em todo o país devem receber o benefício federal este ano, em um investimento de aproximadamente R$ 43 bilhões do Orçamento da União.

As pessoas que já recebem, além do auxilio federal, o bene­fício criado pelo governo de São Paulo não terão direito ao muni­cipal, pois já são atendidas com verba complementar. O Estado tem dois programas de apoio para amenizar os impactos da pandemia de covid-19. Um de­les é uma bolsa de R$ 210, em parcela única, para jovens de­sempregados que fizerem um curso de qualificação.

Também está em análise na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a criação do Pro­grama Bolsa Trabalho, que pre­vê a concessão de R$ 450 por até cinco meses para 70 mil pessoas. No ano passado, os integrantes da Mesa Diretora da Câmara, presidida por Lincol- Fernan­des (PDT), que deixou o cargo em 31 de dezembro, decidiu re­duzir o percentual de 4,5% sobre as receitas correntes do municí­pio a que tem direito constitu­cionalmente para 3,79%.

Com a redução solicita­da pelo Legislativo, o repas­se constitucional previsto na Lei de Diretrizes Orçamen­tárias (LDO) de 2021, de R$ 69.907.999, deve cair para R$ 65.437.999,00 milhões. A Câ­mara de Ribeirão Preto devol­veu R$ 23,8 milhões para a Se­cretaria Municipal da Fazenda em 2020. Em 2019, a devolu­ção foi de R$ 17,7 milhões.

Em toda a legislatura passa­da (2017-2020), cerca de R$ 74,9 milhões voltaram aos cofres da prefeitura de Ribeirão Preto por meio de devoluções feitas pelo Legislativo. Neste ano o custo da Casa com pessoal deve ser mais baixo, já que o número de vereadores caiu de 27 para 22 – consequentemente, também há menos gabinetes e assessores.

Quem vai ter direito ao auxílio municipal
– Famílias ou pessoas com ren­da mensal per capta de R$ 477
– Desde que estejam nos programas sociais do CadÚnico do governo federal data-base de 2021
– Ou cadastro na Central de Atendimento e Cadastro Emer­gencial da Secretaria Municipal de Assistência Social (Cacem)
– Solicitante também não pode­rá ser beneficiário de seguro-de­semprego ou de outro benefício previdenciário
– Tem que residir em Ribeirão Preto
– Só será beneficiado uma pessoa por família
– Se a família for chefiada por homem, ele terá de ter 18 anos

Critérios que serão priorizados
– Famílias com mais integran­tes e que tenham mais crianças com até 12 anos, idosos com 60 anos ou mais e pessoa com deficiências
– Família neoparental com integrantes que tenham crianças com idade de zero a 17 anos e onze meses
– Pessoa com idade acima de 60 anos com deficiência e sem renda ou Benefício de Proteção Continuada (Loa)
– Casal ou pessoa desemprega­da e sem renda

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