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ATOS EM BRASÍLIA – Moraes liberta sete da região

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liberdade provisória, com medidas caute­lares alternativas, a mais 52 de­nunciados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando ra­dicais invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília – os alvos foram o Pa­lácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do STF.

Assim como os outros 173 investigados beneficiados por decisão semelhante assinada na terça-feira, 28 de fevereiro, o grupo agora liberto foi detido no acampamento em frente ao Quartel General (QG) do Exér­cito e são acusados de incitação ao crime e associação criminosa.

Região
Sete moradores da macror­região de Ribeirão Preto foram beneficiados com a decisão, entre eles seis de Franca e um de Nuporanga. Outros sete ainda estão detidos no Dis­trito Federal, segundo lista da Secretaria de Estado de Admi­nistração Penitenciária do DF (Seape-DF) atualizada nesta quinta-feira, 2 de março.

Dois são de Ribeirão Preto, os advogados Barquet Miguel Júnior (52 anos) e Nara Faus­tino de Menezes (43). Dois moradores são de Franca, o empresário Douglas Ramos de Souza (41) e Shara Silvano Sil­va (23). Também segue detida a médica veterinária e social media de Guariba, Ana Caroli­na Isique Guardiéri Brendolan, de 30 anos.

O nome do suplente de ve­reador em Nuporanga, Henri­que Fernandes de Oliveira, o Sargento Fernandes (MDB), de 51 anos, não aparece na lis­ta de presos na Papuda e nem na das pessoas que estão sen­do monitoradas por tornoze­leira eletrônica.

Marcos Joel Augusto, o Marcão Bola de Fogo, de 52 anos, morador de Pitanguei­ras, que em 2020 concorreu ao cargo de vereador pelo Ci­dadania e não foi eleito, segue detido, segundo a lista da Se­ape-DF. As decisões foram as­sinadas durante a madrugada desta quinta-feira, 2 de março.

Libertados
Com as novas ordens de sol­tura, o total de libertados desde segunda-feira (27) chega a 225. Todos os libertados devem se apresentar na comarca de sua residência em 24 horas, a partir do momento que deixarem o Complexo Penitenciário da Pa­puda, no caso dos homens, e a Penitenciária Feminina do Dis­trito Federal, conhecida como Colmeia, no caso das mulheres.

Em todos os casos, o minis­tro entendeu que as condutas dessas pessoas foram menos graves, não sendo elas finan­ciadoras nem executoras prin­cipais de atos violentos, e que por isso elas podem responder à denúncia a partir de seus es­tados de origem.

As medidas cautelares al­ternativas à prisão impostas aos investigados libertos in­cluem a proibição de deixar o local onde moram, assim como o recolhimento domici­liar, durante a noite e aos fins de semana, com o uso de tor­nozeleira eletrônica. Eles não podem usar as redes sociais, nem se comunicar com outros envolvidos nos atos golpistas.

Passaporte
Tiveram seus passaportes cancelados e ainda devem entre­gar os respectivos documentos à Justiça. Além disso, foram sus­pensos eventuais documentos de porte de arma de fogo e Certifica­dos de Registro de colecionador, atirador ou caçador (CAC).

Nesta semana, ao liberar investigados com medidas cau­telares alternativas, o ministro Alexandre de Moraes levou em consideração que a maioria dos investigados é réu primário e tem filhos menores de idade. Segundo o ministro, o grupo colocado em liberdade provisó­ria não é apontado como finan­ciador ou executor principal do quebra-quebra nas sedes dos três Poderes.

Atualmente, 751 pessoas seguem presas e 655 foram li­beradas para responder com cautelares. Ao todo, 1.406 pes­soas foram detidas em 9 de janeiro, após o desmonte do acampamento em frente ao QG do Exército. Todos os soltos já ti­veram denúncia aceita e se torna­ram réus no Supremo por crimes por associação criminosa e de atentado à ordem democrática.

Nesses casos, Moraes subs­tituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, can­celamento de passaporte, proi­bição de sair de casa à noite e aos fins de semana, cassação de qualquer registro para pos­se ou porte de armas, proibição de se comunicar com outros investigados e apresentação se­manal a um juiz.

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