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Atos antidemocráticos – PGR pede a soltura de mais doze presos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Su­premo Tribunal Federal (STF) a libertação de doze pessoas que foram detidas em frente a quar­téis do Exército em Rio Branco e Belém. No parecer enviado ao ministro Alexandre de Moraes, o subprocurador Carlos Frede­rico Santos também pediu que os acusados respondam às acu­sações na primeira instância da Justiça Federal de seus estados, e não perante o STF.

No entendimento de Santos, os acusados não têm foro pri­vilegiado no STF ou qualquer ligação com os investigados que foram presos em frente ao quartel do Exército em Brasília no dia dos atos antidemocráti­cos. Para justificar o pedido de soltura, o subprocurador argu­mentou que os investigados são acusados da prática do crime de incitação de animosidade das Forças Armadas contra os po­deres constitucionais, cuja pena máxima é inferior a quatro anos de prisão, não sendo cabível a prisão preventiva.

Para a PGR, os doze presos devem cumprir medidas cau­telares diversas da prisão, como proibição do uso de redes so­ciais, de manter contato com outros investigados ou com pessoa que participou de acam­pamentos em quartéis. Confor­me levantamento do gabinete de Alexandre de Moraes, dos 1,4 mil detidos no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem presos no sistema penitenciário do Distrito Fede­ral. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Em 20 de março, a Procu­radoria-Geral da República de­nunciou mais 150 investigados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro, sendo que 16 deles são acusados como executores das depredações – eles foram fla­grados dentro do Palácio do Planalto no dia em que parte das dependências das sedes dos Três Poderes foram destruídas.

Já os outros 134 denunciados são apontados como incitadores dos crimes e foram detidos no acampamento golpista monta­do em frente ao QG do Exérci­to em Brasília. Além do Palácio do Planalto, os alvos foram o Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal.

Ao primeiro grupo, dos executores, são imputados cri­mes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Di­reito (golpe de Estado); dano qualificado contra o patrimô­nio da União; e deterioração de patrimônio tombado.

Já os incitadores são acusa­dos de incitação equiparada pela animosidade das Forças Arma­das contra os Poderes Consti­tucionais e associação crimino­sa. Com as novas denúncias, o número de acusados pelos atos golpistas do dia 8 chega a 1.187.

Todos os alvos da mais re­cente leva de imputações da Procuradoria-Geral da Repúbli­ca estão em liberdade provisó­ria, devendo cumprir medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica. O STF ainda vai julgar o recebi­mento das denúncias apresenta­das pela PGR, tornando réus os acusados.

Região
Nove moradores da ma­crorregião de Ribeirão Preto já foram beneficiados com deci­sões de Moraes, entre eles sete de Franca e um de Nuporanga, o suplente de vereador Henri­que Fernandes de Oliveira, o Sargento Fernandes (MDB), de 51 anos.

Marcos Joel Augusto, o Mar­cão Bola de Fogo, de 52 anos, morador de Pitangueiras, que em 2020 concorreu ao cargo de vereador pelo Cidadania e não foi eleito, foi liberado e está com tornozeleira eletrônica, segundo a lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF).

Outros quatro ainda estão de­tidos no Distrito Federal, segun­do lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária atualizada na última sexta-feira, 31 de março. Dois são de Ribei­rão Preto, os advogados Barquet Miguel Júnior (52 anos) e Nara Faustino de Menezes (43).

Um morador de Franca, o empresário Douglas Ramos de Souza (41), segue detido. Shara Silvano Silva (23) já foi libertada com o uso de torno­zeleira eletrônica. Também se­gue detida a médica veteriná­ria e social media de Guariba, Ana Carolina Isique Guardiéri Brendolan, de 30 anos.

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