Tribuna Ribeirão
Política

Aterro regional terá verba de R$ 15 mi

O Consórcio de Muni­cípios da Mogiana (CMM) conseguiu captar recursos de até R$ 15 milhões para de­senvolver projeto de estudo e análise de viabilidade téc­nica para implantação de três aterros sanitários em cidades polo da região de Ribeirão Preto, um na própria capital regional e os outros dois em Igarapava e Jaboticabal.

Inscrito no edital nº 01/2020 da Caixa Econômica Federal, cujo objetivo é veri­ficar o interesse de Estados, Distrito Federal e consórcios públicos em financiar a estru­turação e o desenvolvimento de projetos de concessão no setor de saneamento básico, modalidade resíduos sólidos urbanos de origem domici­liar, o projeto surgiu de um termo de cooperação entre o CMM e a Região Metropoli­tana de Ribeirão Preto, for­mada por 34 municípíos.

Para a elaboração do pro­jeto, foi estruturado um gru­po de estudos formado pelo CMM, pelo professor Marcelo Pereira de Souza, do campus Ribeirão Preto da Universida­de de São Paulo (USP), e pela secretária municipal de Meio Ambiente, Sônia Valle Walter Borges de Oliveira, responsá­vel técnica da iniciativa.

O edital recebeu inscrições de 41 consórcios públicos, dos quais 23 foram habilitados, abrangendo 304 municípios de oito estados brasileiros – Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernam­buco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo –, com um total de 9,9 milhões de ha­bitantes beneficiados.

O CMM, que é composto por 36 municípios das regiões de Ribeirão Preto e Franca, ficou no topo da lista e assegurou o pri­meiro lugar na classificação do edital, o que isso significa que será o primeiro a ser chamado para assinatura do contrato de implantação da parceria.

Na quinta-feira, 8 de outu­bro, Edson Avallos, presidente do CMM em exercício, e a se­cretária Sônia Valle visitaram um aterro sanitário na cidade paulista de Salto, implantado por Parceira Público-Privada (PPP), para conhecer a planta em atividade e dar sequência ao desenvolvimento do projeto em Ribeirão Preto.

Atualmente, a região conta com dois centros de gerencia­mento de resíduos (CGRs), mais conhecidos como aterros sanitários. Um fica em Jardi­nópolis e o outro em Guatapa­rá, ambos administrados pela Estre Ambiental. Os dois rece­beram nota 10 em relatório di­vulgado pela Companhia Am­biental do Estado de São Paulo (Cetesb). Atendem 23 prefei­turas e recebem diariamente 1.700 toneladas de resíduos.

A Estre Ambiental é res­ponsável pela coleta e pelo transbordo do lixo produzido em Ribeirão Preto. Venceu, em 30 de maio de 2018, a li­citação para realizar o serviço e assinou contrato de R$ 63,9 milhões, que já foi prorrogado. O valor pago por tonelada para a coleta e o transbordo dos re­síduos sólidos é de R$ 171,22 para o lixo domiciliar e cerca de R$ 600 para os recicláveis.

Dados da administração municipal revelam que cada um dos 711.825 moradores de Ribeirão Preto – estimativa ofi­cial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – produz, em média, todos os dias, 800 gramas de lixo. Ou seja, diariamente são recolhi­dos na cidade 569.460 quilos de resíduos, o que totaliza, por mês, 17.083.800 quilos. São dados estatísticos, que tentam se aproximar da realidade.

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