Tribuna Ribeirão
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Até que enfim, Ribeirão terá o seu Instituto Federal 

José Antônio Lages * 
 
Foi com imensa alegria que recebemos a notícia, esta semana, da criação de um campus do Instituto Federal de Educação em Ribeirão Preto. Foi uma luta árdua que durou mais de uma década e que, finalmente, chegou a um bom termo. Foi o resultado exitoso de intensa mobilização popular. Muitos foram aqueles que se empenharam neste movimento mais do que justo e necessário. Afinal, cidades do porte da nossa já tinham o seu Instituto Federal (IF) há muito tempo. Dos 12 campi criados, agora, pelo governo do presidente Lula no estado de São Paulo, somente o de Ribeirão se localiza no interior. Os demais situam-se todos na região metropolitana da capital e no litoral. 
 
Ao todo, serão investidos R$ 3,9 bilhões em obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo o Ministério da Educação, R$ 2,5 bilhões só para as novas unidades e R$ 1,4 bilhão para reforma e construção de novas áreas, como ginásios e refeitórios, em institutos já existentes. Das 100 novas unidades criadas agora, o Nordeste é a região que vai receber o maior número de institutos: 38. O governo estima a criação de 140 mil novas matrículas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio, segundo o Ministério da Educação. O presidente Lula tem pregado o estímulo ao ensino técnico como uma alternativa à universidade. 
 
Em seu discurso de lançamento dos novos campi, Lula destacou o papel transformador da educação na ascensão social e econômica da classe trabalhadora. “É com base no investimento na educação que a gente pode ter a certeza de que este país vai chegar a ser um país de primeiro mundo, desenvolvido, de uma sociedade composta em sua maioria de gente de classe média”, disse o presidente. Sabemos que os IFs são agentes importantes desta dinâmica. Eles desempenham papel crucial na formação de profissionais qualificados em diversas áreas, com cursos técnicos de nível médio, superior e até de pós-graduação.  
 
Infelizmente vivemos num país onde 18% dos jovens de 14 a 29 anos de idade, equivalente a quase 52 milhões de pessoas, ainda não completaram o ensino médio, ou porque abandonaram, ou porque nunca frequentaram a escola, segundo o IBGE. Diante desse quadro, os IFs tem o importante papel de democratizar o acesso à educação de qualidade. Eles estão intencionalmente presentes em inúmeros locais do país, inclusive em áreas remotas, onde muitos estudantes não teriam acesso a uma educação de qualidade. É palpável a melhoria das condições de vida que eles conseguem provocar em cidades e regiões até então com baixos IDHs. 
 
Os IFs contribuem também para o desenvolvimento tecnológico e científico do país com pesquisas e projetos de extensão reconhecidos
nacional e internacionalmente. 
Com eles, estamos preparando as condições para sustentar o desenvolvimento do país, investindo na formação de mão de obra qualificada para os novos desafios da reindustrialização, da transição energética, das novas relações de trabalho. Por meio de políticas públicas, de atitude, Lula reafirma que fora da educação não há alternativa para o nosso desenvolvimento. Esta é uma política pública eficiente que reduz as desigualdades regionais e sociais e promove inclusão e oportunidades para todos os brasileiros.
 
 
Ribeirão Preto não poderia ficar mesmo de fora desta política alvissareira. A Prefeitura já confirmou que a futura sede do nosso IF será na área da antiga fábrica de tecidos Cianê-Matarazzo, na Avenida Marechal Costa e Silva. Mas a ótima notícia é que suas atividades devem começar ainda este ano provisoriamente no prédio onde funciona o CEPROSIND, no Parque Ribeirão. O local fica ao lado da Escola Estadual Professora Glete de Alcântara.  Os cursos, no entanto, ainda devem ser definidos junto à Reitoria do Instituto após a realização de audiências públicas no município. A previsão é que 600 alunos já possam ser atendidos imediatamente. Os bons ventos da nova política de educação pós-Bolsonaro começam a chegar por aqui. Ribeirão Preto agradece! 
 
* Consultor técnico-legislativo e ex-vereador em Ribeirão Preto (Legislatura 2001-2004) 

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