O fato de um dos suspeitos pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) preso nesta terça-feira, 12, ser vizinho do presidente Jair Bolsonaro é, até agora, uma coincidência, de acordo com o Ministério Público do Rio.
“Absolutamente, não há nenhum fato que diga que tem alguma vinculação. Muito pelo contrário, não temos controle dos nossos vizinhos. Até esse momento, o fato foi coincidência”, disse a coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, Simone Sibílio, durante coletiva de imprensa.
Apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes, o policial militar reformado Ronnie Lessa mora no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro no Rio.
Motivação
Na linha de investigação do MP-RJ, a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinatos por causa das causas abraçadas pela parlamentar.
O fato de o crime ter sido classificado juridicamente como “torpe”, no entanto, não elimina a suspeita de que possa ter um mandante, disse a investigadora.
De acordo com o Ministério Público, é possível que o crime tenha ou não um mandante e que todas as possibilidades estão sendo consideradas na investigação. “Nenhuma linha é descartada”, declarou.
A operação para prender dois suspeitos nesta terça-feira, 12, foi adiantada por risco de fuga, ainda segundo o MP. As prisões estavam programadas para ocorrer na quarta-feira, 13.