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Ataque iraniano feriu 11 militares dos EUA

REUTERS/OFICIAL KHAMENEI WEBSITE

A menos onze soldados norte-americanos sofreram traumatismos depois do ata­que iraniano a uma base no Iraque na semana passada, informa a Marinha dos Es­tados Unidos, apesar do pre­sidente Donald Trump ter garantido anteriormente que não houve vítimas. “Apesar de nenhum membro militar americano ter morrido no ataque iraniano de 8 de ja­neiro à base aérea de Al-As­sad, vários foram tratados por sintomas de comoção cerebral devido às explosões e ainda estão sob avaliação”, informou o porta-voz do Co­mando Central da Marinha, Bill Urban.

“Nos dias posteriores ao ataque, por precaução, alguns membros do serviço foram transferidos da base aérea de Al-Assad”, revelou. O porta voz especificou que onze sol­dados passaram pelo Centro Médico Regional Landstuhl, na Alemanha, e pelo Campo de Arifjan, no Kuwait, para exames médicos. Ele preci­sou que oito soldados foram para o Centro Médico na Alemanha e três para a base militar no Kuwuait. No mo­mento do ataque, a maioria dos 1.500 soldados america­nos na base estavam em abri­gos antiaéreos.

O ataque iraniano acon­teceu em represália à morte do general Qasem Soleima­ni, considerado um herói no país persa e que foi morto pelos Estados Unidos em um ataque a drone. Ele também explicou que “por precaução” os militares foram transpor­tados da base de Ain al As­sad, no oeste do Iraque, para o centro médico regional de Landstuhl, um hospital do Pentágono na Alemanha. “Quando forem considerados aptos para o serviço, espera­-se que retornem ao Iraque após serem avaliados”, afir­mou o comunicado.

Quando lançou seu ata­que, a República Islâmica alertou que era apenas o co­meço de sua vingança. Além do ataque à base aérea de Al­-Assad, no oeste do Iraque, os mísseis iranianos atingiram uma base em Arbil, que abri­ga tropas americanas e outros contingentes estrangeiros da coalizão liderada por Wa­shington que luta contra re­manescentes do grupo jiha­dista Estado Islâmico.

À época, Trump optou por não responder à ofensiva iraniana com força militar e, em discurso à nação, disse que iria impor mais sanções contra o Irã. Essas sanções foram dire­cionadas contra oito posições iranianas importantes, incluin­do o secretário do Conselho Supremo de Segurança Na­cional, Ali Shamkhani, bem como contra a indústria de aço, ferro e cobre do país.

Teerã e Washington, que não mantêm relações diplo­máticas desde 1979, enfren­taram inúmeras crises desde que Trump ordenou a saída dos EUA em 2018 do acordo nuclear de 2015. A atual es­calada de tensão é especial­mente grave e coincide com a derrubada pela República Islâmica de uma aeronave ucraniana, que causou a mor­te de 176 ocupantes.

Donald Trump disse nes­ta sexta-feira (17) que o lí­der supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, deveria ser “muito cuidadoso com suas palavras”. “O chamado ‘Líder Supremo’ do Irã, que não tem sido tão Supremo ultimamen­te, teve algumas coisas desa­gradáveis a dizer sobre os EUA e a Europa. Sua economia está em colapso e seu povo está sofrendo. Ele deve ter muito cuidado com suas pa­lavras!”, escreveu Trump em sua conta oficial no Twitter.

O líder da Casa Branca também afirmou que o povo “nobre” do Irã “merece um governo mais interessado em ajudá-lo a alcançar seus sonhos do que em matá-los para exigir respeito”. “Em vez de levar o Irã à ruína, seus lí­deres deveriam abandonar o terror e tornar o Irã grande novamente!”, acrescentou o republicano.

Mais cedo, Ali Khamenei criticou potências ocidentais e disse que o país persa não vai se curvar às sanções eco­nômicas dos EUA. Em apari­ção rara nos rituais semanais de orações em Teerã, o aiatolá disse que o funeral do general Qassim Suleimani, morto em ataque executado pelos EUA no início do mês, demons­trou o apoio do povo irania­no à República Islâmica, ape­sar das recentes dificuldades.

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