Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sinalizar o arrefecimento da crise com o Legislativo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também adotou tom conciliatório e disse que o “assunto” entre os dois está encerrado.
“Esse assunto que vocês estão perguntando está encerrado. Nós estamos cuidando da Previdência”, disse Maia durante entrevista a jornalistas. A pergunta sobre a crise tinha sido dirigida ao ministro da Economia, Paulo Guedes, mas Maia pediu que o ministro o deixasse “esclarecer”. Ambos participaram de um almoço com líderes da Casa.
Mais cedo, Bolsonaro tinha considerado que a crise sobre articulação era uma “chuva de verão” e mandou um abraço para o parlamentar. “Para mim, isso foi uma chuva de verão. O sol está lindo e o Brasil está acima de nós. […] Da minha parte não tem problema nenhum. Vamos em frente. […] Página virada. Um abraço para o Rodrigo Maia”, disse Bolsonaro.
A declaração do presidente da Câmara aconteceu uma semana após o acirramento das declarações entre os dois. Por declarações à imprensa e via redes sociais, ambos tentaram passar a responsabilidade sobre a articulação da reforma da Previdência.
“Esse tema [a reforma da Previdência] é um tema difícil, mas é decisivo para o futuro do Brasil. É preciso deixar claro que nosso foco vai ser sempre aprovar as reformas do Brasil”, disse Maia.
O almoço também definiu a ida de Guedes à Câmara para defender a reforma da Previdência na próxima quarta-feira (3).