Tribuna Ribeirão
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As narrativas do Pinóquio 

Tarcísio Corrêa de Melo *

Quem não conhece a história do Pinóquio? Aquele boneco de madeira do conto de fadas, criado por Gepeto, e que se tornou o maior símbolo da mentira de todos os tempos. Sim, é ele mesmo, o boneco que se acostumou a contar mentiras e que por castigo, tinha o seu nariz aumentado a cada vez que contava uma nova inverdade.

Este conto antigo de “Carlo Collodi”, nunca foi tão atual, e parece que o velho boneco mentiroso ressurgiu dos livros de historinha para assombrar por estas bandas. Agora não são apenas mentirinhas inocentes, o novo Pinóquio aprendeu a CRIAR NARRATIVAS para enganar o povo que o escuta e reverencia como ovelhas batendo palmas para próprio o lobo.

Como disse um dia certo ministro alemão: “Uma mentira contada mil vezes, acaba se tornando uma verdade”. Pois então, agora a nova metodologia de agir dos enganadores do povo é a de CRIAR NARRATIVAS. Vão falando, criando, inventando, envolvendo e ludibriando seus ouvintes com as mais esdrúxulas narrativas, que depois de tão repetidas, acabam sendo aceitas como verdades incontestáveis.

A massa de manobra “eLLou” e está hipnotizada pelas narrativas do Pinóquio Rubro, e nem percebem que estão sendo conduzidos por um caminho que pode acabar com a nação e com as tão sonhadas democracia e liberdade.

Muitas outras terras já experimentaram este engodo vermelho, que só favorece aos interesses de poucos em detrimento do coletivo. A própria história é testemunha de que o caminho ao qual estamos sendo conduzidos é a pior das vias, e os povos que já tiveram o dissabor de trilhar nesta direção se arrependeram amargamente de ter seguido nesta linha.

A maior tristeza é ver que o criador de narrativas, o Pinóquio escarlate, continua mentindo, enganando e conduzindo seu gado de manobra para um curral sem porteiras que culminará com o abate de seus mais perseguidos anseios.

É muito difícil entender como um povo jovem e esclarecido consegue cair mais uma vez neste conto .Aí me lembro: Se até o Papa caiu no conto do vigário, imagina a pobre massa que, na maioria das vezes nem em Deus confia e crê.

O criador de narrativas, por sua vez, é um ser envolvente, de fala mansa e eloquente, um verdadeiro “homem da cobra” que ao sair de seu cativeiro, veio com muita sede de vingança e pronto a desferir sua peçonha naqueles que o encurralaram pelos delitos por ele outrora cometidos.

Agora o Pinóquio está solto, pronto para mentir e enganar, disposto a fazer o que for necessário para alcançar seus antigos objetivos canhotos, o seu nariz cresce cada dia mais e a massa de manobra aplaude insana, feliz conduzida para o fim que lhe é merecido por compactuar e acreditar nas narrativas do novo e antigo Pinóquio.

* Empresário, jornalista e administrador de empresas, é superintendente da Distrital Sudoeste da Acirp
 

 

 

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