Sandra Brandani e
André Ali Mere *
Outubro próximo será marcado pelas eleições em mais de 5 mil municípios brasileiros. Em Ribeirão Preto teremos um novo prefeito após 2 mandatos do atual, Duarte Nogueira, que assumiu o primeiro mandato em 2017. Segundo consta, saneou as contas públicas e se dedicou às obras de mobilidade urbana no segundo mandato, fazendo vultosos investimentos, com críticas e elogios no planejamento e execução, pois como diz o ditado, “sabe-se o dia do começo da obra, mas nunca a finalização”.
Em 2025 já teremos um novo prefeito liderando uma cidade próspera, que ostenta índices de qualidade de vida elevados, mas com problemas críticos em relação ao quesito moradia popular, pois há grande número de favelas e também com relação à segurança pública, dados os índices de furtos e roubos são muito altos.
A cidade sempre teve grandes orçamentos. Em 2024 o orçamento ultrapassou mais de 4 bilhões de reais. Com uma certa equidistância, acompanhamos os números há anos e sem medo de errar podemos apontar que não é o lado da Receita que preocupa, mas sim a conta de despesas. As despesas obrigatórias são sempre um nó a ser desatado pelo político eleito.
Nos últimos anos, várias entidades da sociedade civil se movimentaram no sentido de colaborar com os Poderes locais. Temas como a Transparência, a qualidade do ensino público, o equilíbrio fiscal do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) foram objeto de estudos e sugestões. Tanto a Acirp, como o Instituto Ribeirão 2030, Ciesp, Observatório Social, OAB, Sincovarp e tantas outras se dedicaram de forma voluntária, conhecendo os problemas agudos e crônicos e oferecendo alternativas e oportunidades de melhorias.
Sabemos sim o que o trabalho voluntário é necessário e contribui para a estima da cidadania, mas sabemos também que a grande diferença é termos na cadeira de prefeito um político íntegro, austero e competente, que fuja das armadilhas populistas e do compadrio.
Ao lado disto, termos uma Câmara eleita que esteja comprometida com a transparência e fiscalização do Executivo, onde interesses menores não devam prevalecer.
É o que esperamos e desejamos para os próximos 4 anos.
* Empresários e respectivamente presidente e diretor-secretário da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp)