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As decisões convergentes e seus reflexos

Qualquer tipo de decisão, tomada por pessoa física ou jurídica, tem efeitos práticos positivos ou negativos. A afirmativa é válida quando a pessoa jurídica está na iniciativa pública ou privada. Nestes casos podem afetar poucas ou muitas pessoas. Os gestores, principalmente os públicos, têm a missão de acertar ao máximo as suas decisões, porque delas depende o conjunto de pessoas de uma cidade, um estado ou um país, dependendo da instância de gestão ou do alcance da empresa.

Ao longo da nossa gestão à frente da prefeitura de Ribeirão Preto tenho tomado decisões variadas. Busco, com minha equipe, acertar o máximo possível. Todos os dias, durante o dia todo é preciso escolher entre um sim e um não, uma aprovação ou desaprovação. Ou correção de rumos. E sempre é preciso decidir para seguir em frente. E para decidir, dialogar sempre.

Dentre as muitas decisões, vou destacar aqui duas. Uma tomada recentemente e a outra de cunho mais antigo, perene e que norteia uma parte da nossa gestão: as licitações. A primeira decisão que destaco tem relação com a greve dos caminhoneiros e o desabastecimento de combustíveis, com reflexos nas iniciativas pública e privada. Com falta de produtos e deficiência na prestação de alguns serviços.

Cheguei a ouvir a sugestão de decretar Estado de Emergência na cidade, em virtude do desabastecimento de combustíveis. Consultei a legislação e ouvi técnicos do governo, antes de decidir pela não decretação. Assim o fiz por acreditar na normalização do abastecimento tão logo terminasse a greve e por entender que o Estado de Emergência traria poucas mudanças práticas para a administração.

Uma dessas mudanças seria a possibilidade de compra de produtos e serviços sem licitação neste período atípico. A medida seria inócua, porque o principal produto, responsável por outros desabastecimentos, não estava disponível. E seria uma decisão que contraria frontalmente a outra decisão, essa mais antiga e por mim sempre defendida: a compra bem licitada, em nome da economia e aplicação eficiente dos recursos públicos.

Com esta explicação, demonstro o reflexo de medida tomada sempre que estou à frente da gestão pública executiva: comprar, sempre que possível, por pregão eletrônico, de forma transparente, em um processo de leilão reverso que permite compras de produtos e serviços por menores preços. E foi defendendo e praticando essa forma de compra que chegamos a grandes economias na gestão pública.

Foram muitas licitações com economias significativas até chegarmos à maior contratação feita pela prefeitura, que é a coleta de lixo da cidade. Chegamos a uma economia de 23%. Reduzimos o valor de R$ 82,5 milhões (estimado), para R$ 63,9 milhões, redução de R$ 18,6 milhões. Foram 79 lances dados por três empresas até chegar ao vencedor. Não é só isso. A contratação tem preço menor que o praticado hoje, com serviço prestado pela mesma empresa que venceu o certame.

Fomos além. Incluímos na licitação e, logo, no contrato, mais serviços de limpeza. É a comprovação de que vale a pena gerir com responsabilidade, com economia de recursos, para fazer mais com menos e melhor.

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