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As contas de Dárcy Vera voltam à pauta

JF PIMENTA/ARQUIVO TRIBUNA

A Comissão Permanen­te de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tri­butária da Câmara de Ri­beirão Preto apresenta nesta quinta-feira, 27 de agosto, às 16 horas, o relatório final so­bre a prestação das contas da ex-prefeita Darcy Vera (sem partido) do exercício de 2015. Integram o colegiado o pre­sidente Alessandro Maraca (MDB), o vice Orlando Pesoti (PDT), Marcos Papa (Rede), Fabiano Guimarães (DEM) e Waldyr Villela (PSD).

A defesa técnica será feita pelo advogado Breno Augus­to Amorim, nomeado como defensor dativo – gratuito – indicado pela 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Ribeirão Preto (OAB-RP). Após a apresenta­ção, o relatório será transfor­mado em decreto legislativo e para ser votado em data pos­terior, no plenário do Legisla­tivo, pelos 27 parlamentares.

As contas de 2015 da ex­-prefeita já foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e esta não foi a primeira vez. Os conselheiros já haviam re­provado as contas dos anos de 2010, 2012, 2013 e 2014. Nes­tes processos, os vereadores da época rejeitaram o parecer do TCE-SP em relação ao ano de 2010 e acataram os apon­tamentos feitos para as contas de 2012, 2013 e 2014.

Por causa das rejeições pela Câmara de Vereadores, Dárcy Vera teve seus direi­tos políticos cassados. A prestação de contas de 2016 ainda não foi enviada pelo Tribunal de Contas TCE para o Legislativo ribeirão­-pretano. A nomeação de um defensor foi necessária para garantir ampla defesa e o contraditório ao acusa­do conforme determina a Constituição Federal.

Na época em que o pro­cesso deu entrada na Câma­ra, Dárcy Vera respondeu ao Legislativo que não possuía recursos financeiros para pa­gar um advogado. A ex-pre­feita está presa desde maio de 2017 na Penitenciária Femi­nina de Tremembé.

Foi condenada, em pri­meira instância, a 18 anos, nove meses e dez dias de prisão por organização cri­minosa e peculato em uma das ações penais da Opera­ção Sevandija e a cinco anos por suposto desvio de R$ 2,2 milhões provenientes do Mi­nistério do Turismo (MTur) para realização de uma das etapas da Stock Car, em ju­nho de 2010. Ela sempre negou a prática de qualquer tipo de crime.

A Câmara de Vereadores já havia rejeitado, em 17 de dezembro, em sessão extraor­dinária, a prestação de contas da ex-prefeita referente ao ano de 2014, com base em recomendação feita pela da Comissão de Finanças, que pediu a rejeição com base em parecer do TCE-SP – tam­bém negou a aprovação dos balanços. Nos oito anos em que ficou à frente do Palácio Rio Branco, de 2009 a 2016, a ex-chefe do Executivo teve seis contas rejeitadas pelos conselheiros.

No início de 2017, os 27 parlamentares da atual legis­latura decidiram cassar os direitos políticos da ex-pre­feita por quebra do decoro, entre outros motivos por causa das contas rejeitadas. Ela contestou, alegando que já não exercia o mandato de prefeita e duas de suas con­tas também já haviam sido reprovadas pelo Legislativo. Para a ex-chefe do Executivo, a decisão da Câmara foi polí­tica. A condenação na Sevan­dija reforçou a suspensão dos direitos dela por oito anos.

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