O Sesc Ribeirão Preto lançou o projeto “Social Brecht – A atemporalidade da palavra”, no qual convida artistas da cidade para uma interpretação única. As leituras serão exibidas durante dez semanas – julho e agosto –, sempre às quartas-feiras, a partir das 18 horas, nas redes sociais Facebook e Youtube. A playlist completa ficará disponível no Youtube da unidade e poderá ser encontrada em #socialbrecht.
No projeto, o Sesc Ribeirão Preto convidou os artistas Bolinha Monteiro, André Cruz, Carol Capacle, Eme Barbassa, Davi Tostes, Miriam Fontana, Fabrício Papa, Tania Alonso, Gabriel Galhardo e Fernanda Soto para lerem textos de Berthold Brecht (1898-1956).
Cada artista tomou a liberdade de escolher aleatoriamente um texto, passeando de “A exceção e a regra” a “Se os tubarões fossem homens”, de “Perguntas de um trabalhador que lê” a “O analfabeto político”, rememorando as “Histórias do Sr. Keuner”, “A velha senhora indigna”, “Monólogo de uma atriz enquanto se maquilha”, “O mendigo e o cachorro morto”, “Parada do Velho Novo”, “Intertexto”, dentre outros, e ainda mergulhando no universo de suas poesias.
Existem textos, histórias e palavras que possuem a incrível capacidade de perpassar a devastação do tempo e suas modificações. Seja por uma tendência da história mundial de se repetir, ou simplesmente porque algumas histórias são matrizes para o desenvolvimento de tantas outras. Seja pelo estereótipo ou pela profundeza das relações humanas, que independente de onde tenha nascido ou se criado, carrega em si sentimentos e expressões que lhe são inerentes.
Esse é o caso da obra de Berthold Brecht, dramaturgo, poeta e encenador alemão, que viveu entre 1898 e 1956. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris, França, durante os anos 1954 e 1955.