A arrecadação de impostos e contribuições federais no País atingiu a marca de R$ 487,60 milhões no primeiro semestre de 2018, um aumento real de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, de R$ 451,48 milhões, aporte de R$ 36,12 milhões. Em Ribeirão Preto, a alta foi de 19,7%, saltando de R$ 1,175 milhão para R$ 1,407 milhão, acréscimo de R$ 232 mil. Os dados são do Boletim Termômetro Tributário de julho do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).
Na região de Ribeirão Preto, a arrecadação no primeiro semestre alcançou R$ 2,397 milhões, 16,8% superior ao acumulado de janeiro a junho de 2017, de R$ 2,051 milhões, aporte de R$ 346 mil. Na metrópole regional, o destaque foi a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com forte aumento de 30,5%, seguida pelos programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep, com 23,8%) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, 22,1%).
A arrecadação de tributos federais na cidade cresceu 18.9% em junho, de R$ 171,75 mil em 2017 para R$ 204,27 mil neste ano, acréscimo de 32,52 mil. Na região, a alta foi impulsionada pela Cofins (22,4%) e pelo IPI (22,0%). Na esteira dos cenários nacional e estadual, houve menor arrecadação apenas para o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de -0,1%. Em todo o Brasil, com exceção da queda na arrecadação de IRRF (0,8%), todas as demais rubricas tiveram alta, com destaque para Cofins (13,1%), PIS/Pasep (11,1%) e IPI (10,9%).
No acumulado de janeiro a junho de 2018, a arrecadação foi uma das maiores dos últimos cinco anos e a única a apresentar variação positiva no período. No estado de São Paulo, também houve aumento no recolhimento de tributos federais nos primeiros seis meses deste ano. A arrecadação chegou a R$ 204,74 milhões, crescimento de 7,1% frente ao mesmo período de 2017, de R$ 191,25 milhões, aporte de R$ 13,49 milhões.
Apenas o IRRF apresentou variação negativa (-1,7%), diante das demais rubricas que seguiram em alta: IPI (10,3%), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ, 8,9%), Cofins (8,3%), PIS/Pasep (8,0%) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL, 6,2%).
“O aumento reflete principalmente a fiscalização mais rigorosa da Receita em 2018 e os sinais de melhora no desempenho da atividade econômica”, avalia o pesquisador do Ceper Sérgio Sakurai, que coordena o estudo em conjunto com as pesquisadoras Francielly Almeida e Lorena Araújo.