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Aprovado reajuste salarial de servidor

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, na sessão desta terça-feira, 22 de março, o projeto de lei número 002/2022, de auto­ria do governador João Doria (PSDB), que autoriza o reajuste salarial de servidores públicos paulistas. A proposta que eleva em 10,3% o salário mínimo es­tadual ainda não foi a votação.

Se os novos valores forem aprovados, os trabalhadores que se enquadram na faixa 1 pas­sarão a receber R$ 1.284, e os que fazem parte da faixa 2, vão ganhar R$ 1.306. Segundo o governo, os reajustes serão re­troativos à data de 1º de março.

O governo do Estado infor­mou que o aumento nos salá­rios é possibilitado pelo supe­rávit de R$ 5,9 bilhões obtido por São Paulo em 2021. Pro­fissionais de saúde e das forças de segurança paulistas, o que inclui policiais civis e militares, terão aumento de 20% nos sa­lários a partir de março.

Demais servidores do Es­tado terão acréscimo de 10% na remuneração. Ao todo, São Paulo conta com 541.133 servidores públicos, sendo 276.365 deles da área de segu­rança e outros 9.689 da área da saúde. São 195.079 servidores de outras áreas do governo, mas Doria diz que a medida abrange 700 mil trabalhadores.

Na educação, será criado um plano de modernização de car­reira dos professores de ensino fundamental e médio, diretores escolares e supervisores educa­cionais, com reajustes de até 73% para docentes da rede estadual, segundo o projeto de lei comple­mentar número 003/2022.

Para professores com licen­ciatura, que cumpram carga horária de 40 horas semanais, os valores iniciais são de R$ 5 mil, podendo chegar em até R$ 13 mil ao longo da carreira, de acordo com a proposta do Executivo. Segundo estimati­vas feitas pela Secretaria de Es­tado da Educação, a iniciativa receberá investimentos de R$ 3,7 bilhões.

“O salário inicial passa a ser um salário inicial bastante considerável e com reconhe­cimento ao longo da carreira baseada nas melhores experi­ências mundiais com avaliação de competências”, afirma o se­cretário estadual da Educação, Rossieli Soares.

A adesão será voluntária para professores que já inte­gram a rede pública estadual. “Profissionais com mestrado e doutorado terão acréscimo de 3% a 5% sobre aqueles que têm apenas a licenciatura. A ade­são será opcional para quem já está na rede pública de ensino”, explica o governador. Segun­do Rossieli, no caso de quem permanece na carreira antiga, haverá o reajuste de 10%.

O custo mensal para a aplicação do reajuste salarial aprovado ontem, estimado pela Secretaria de Estado de Orçamento e Gestão, é de R$ 424,6 milhões, corresponden­te a R$ 5,7 bilhões ao ano. O governo afirma que a despesa está em consonância com a Lei de Responsabilidade Fiscal e será arcada graças ao superávit financeiro alcançado em 2021.

A proposta abrange ao todo 26 diferentes classes e car­reiras do Estado, e é resultado de estudos feitos pela Secreta­ria de Orçamento e Gestão. O reajuste será conferido para funcionários ativos e inativos do Executivo. Ao todo, foram incorporadas cinco emendas parlamentares ao texto do projeto, entre elas a que in­clui a revisão anual dos salá­rios das classes da segurança pública e adicionais de insa­lubridade para agentes peni­tenciários e de escolta.

O presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari (PSDB), foi responsável por levar os projetos para aprova­ção pelo plenário, composto por 94 deputados e deputadas. “Essa é mais uma vitória que beneficia milhares de servido­res públicos. Agora o projeto vai para sanção do governo. Os reajustes já serão pagos na pró­xima folha de pagamento”, diz o chefe do Legislativo.

Na saúde, o reajuste de 20% será conferido a médicos e demais profissionais subordi­nados à Secretaria de Estado que atuem na área, desde os que possuem jornada integral de trabalho, com 40 horas, aos que desempenham jornada reduzida, com doze horas. O projeto segue agora para a san­ção do governador João Doria.

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