A escolha de um candidato a presidente do Brasil já é algo de enorme cobertura da mídia e atenção de todos. Porém, imagine só se essa escolha gera um clima de desconfiança por causa do sistema escolhido para votação?
Isso aconteceu no último domingo com o PSDB. O aplicativo escolhido pelos tucanos simplesmente falhou na “hora H’,’ bem no dia “D” escolhido para definir quem seria o nome da legenda para concorrer no pleito no próximo ano. Menos de 10% dos filiados conseguiram ter acesso à votação.
Será que as informações passadas para o aplicativo são realmente seguras? Será que o sistema escolhido é realmente confiável? É claro que isso gerou grande polêmica entre os apoiadores de João Doria, governador de São Paulo, Eduardo Leite, governo do Rio Grande do Sul, e do ex-prefeito de Manaus Artur Virgílio.
Existem dois lados que precisam ser analisados nessa situação. A primeira, é lógico, foi a que causou enorme polêmica no noticiário: será que o resultado era realmente confiável? Será que o resultado é um retrato da realidade?
A outra questão essencial é a preservação dos dados de quem iria votar por meio deste aplicativo. É claro que para poder acessar o app era necessário comprovar uma série de exigências, inclusive com reconhecimento facial. Será que as informações passadas estão realmente asseguradas? Será que elas foram tratadas de acordo com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)?
No dia 23, sócios de uma empresa se reuniram com representantes das três campanhas e fecharam um contrato que abrange desde a fase de testes até a conclusão da votação. Inclusive uma fase de ataques cibernéticos está prevista para ver se o app é vulnerável, o que colocaria em risco os dados dos eleitores e a escolha do candidato.
Garantir a segurança dos apps é uma fase essencial para que todos estejam protegidos. Neste caso, a polêmica foi ainda maior porque envolve nome de políticos, de um futuro candidato a presidente, onde prefeitos, governadores, senadores e deputados tiveram que se cadastrar para a votação.
Esse fato nacionalmente noticiado serve de exemplo para todos. Hoje, todo mundo utiliza aplicativos. Seja no celular ou mesmo nas Smart TVs.
Isso faz parte de nossa realidade e precisa garantir a segurança de nossas informações. E não é um alerta apenas para grandes empresas ou para grandes eventos. Dentro de um pequeno condomínio, por exemplo, é preciso garantir que o sistema não seja vulnerável a vazamentos. Em todos os locais é preciso você passar dados pessoais para ter acesso?
Você gostaria de ver seus dados sendo utilizados por outros após o vazamento de dados do condomínio em que você foi naquele churrasco de domingo?
A proteção de dados tem que ser levada a sério por todos. Criminosos, diferentemente dos tucanos, não possuem pena nesta hora.