Tribuna Ribeirão
Esportes

Após rebaixamento, Botafogo aposta alto e contrata Paulo Pelaipe e Alexandre Gallo

Fotos: ALEXANDRE GALLO / DIVULGAÇÃO/CBF e ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO

Depois de cair para a Série C do Campeonato Brasileiro, a Botafogo S/A, empresa res­ponsável por tocar o futebol do Botafogo Futebol Clube, abriu os cofres e foi buscar no mercado dois “figurões” do mundo da bola. O novo gerente de futebol do clube é Paulo Pelaipe e o treinador responsável por tocar o pro­jeto será Alexandre Gallo.

A dupla, inclusive, já se conhece e conquistou recen­temente um acesso com o São Caetano. Além de voltar para a Série A1 do Campeonato Pau­lista, o projeto Pelaipe/Gallo deu ao Azulão a melhor cam­panha do torneio.

Apesar do nome forte, Pe­laipe é um profissional que di­vide opiniões. Multicampeão e com um currículo invejável, o dirigente fez parte da gestão do Flamengo que venceu tudo em 2019 (Brasileirão, Carioca e Libertadores). Entretanto, o último trabalho de Pelaipe foi no Coritiba, que está brigando para não cair no Campeonato Brasileiro.

Setorista do Rubro-Negro, o jornalista Venê Casagrande afirmou que o dirigente tem perfil linha dura e garantiu que o profissional foi peça funda­mental para os títulos do Fla­mengo em 2019.

Pelaipe (direita) no dia da apresentação de Gerson e Pablo Marí

“Na última passagem do Pelaipe pelo Flamengo, ele foi gerente de futebol e conseguiu fazer muito bem o seu papel. Ele foi uma peça fundamental, o elo entre o elenco e a direto­ria. É um cara que cobra muito dos jogadores, não dá descan­so, jogador não tem mordomia com ele. É um cara que tem um conhecimento muito gran­de dos bastidores do mundo da bola. No Flamengo ele foi peça fundamental. Tinha mui­to mais cobrança quando ele estava lá”, afirmou Casagrande.

Em contrapartida, para o jornalista Raphael Prates, da Rádio CBN e dos Canais ESPN, que acompanhou o trabalho de Pelaipe mais de perto no São Ca­etano, a contratação pode não ter o efeito que o clube precisa. Para ele, os modelos de Novori­zontino e Mirassol seriam mais atrativos para o Pantera.

“O que nós vimos do Pe­laipe no São Caetano foi uma amostra muito pequena. A passagem foi muito curta, algumas semanas, e o clube passava por muitos problemas financeiros. Acho que é um nome muito experiente, mas não sei qual é o conhecimento dele hoje no mercado, porque para esse trabalho no Botafo­go, não dá pra pensar no Pe­laipe que trabalhou em clubes com muito investimento e di­nheiro. A dúvida que me vem sobre ele é esse conhecimento de um mercado mais alterna­tivo, se jogadores de Série C, Série D, de outros estados. Não sei dizer se ele é o cara ideal para isso, porque seus traba­lhos mais marcantes foram em clubes com mais dinheiro”, analisou Prates.

“O Botafogo tem dois exem­plos de clubes do estado, o No­vorizontino e o Mirassol, que trabalharam muito a questão de buscar no mercado jogadores mais baratos, até porque a Série C é um campeonato com um perfil completamente diferente, você não tem margem para tan­tos erros. Se for pela grife, pode ser complicado para o Botafogo, mas se o clube tiver informações de que ele ainda acompanha o mercado, pode ser uma contra­tação boa”, concluiu.

Alexandre Gallo
O velho ditado de que o “bom filho a casa torna” foi aplicado no Botafogo e Ale­xandre Gallo retorna ao clube após 40 anos. Natural de Ribei­rão Preto, Gallo chegou ao Bo­tafogo em 1981, quando tinha 14 anos. Ele passou pelas cate­gorias Juvenil e Júnior antes de ingressar no time profissional em 1986. O então volante per­maneceu na equipe até 1992.

Em entrevista ao site “Mer­cado do Futebol”, em maio do ano passado, Gallo relembrou o começo da carreira, os anos no Botafogo e a transferência para o Santos.

Ribeirão-pretano, Gallo começou a carreira no Botafogo e disputou 123 jogos oficiais

“Minha mãe fala que desde pequeno a única coisa que eu falava era que queria ser jogador de futebol e comecei muito cedo, em Ribeirão Preto, participei de vários campeonatos locais. Fiz um teste no Botafogo, ainda no infantil e por lá fiquei. Joguei por 11 anos, basicamente, dos 13 aos 24 anos e o Botafogo acabou me vendendo pro San­tos. Santos que, sem dúvidas abriu as portas do mercado brasileiro e mundial. Dentro disso, meu início foi mesmo de uma vontade muito grande de chegar e ter oportunidade de ser um atleta profissional, que era meu sonho”, afirmou Gallo.

De acordo com o jornalista Marcio Javaroni, pesquisador da história do Botafogo, Ale­xandre Gallo vestiu a camisa do Pantera em 123 jogos ofi­ciais. Foram 40 vitórias, 48 empates e 35 derrotas, com 18 gols marcados.

Além do Tricolor, Gallo vestiu como jogador as cami­sas de Santos, Portuguesa, São Paulo, Botafogo-RJ, Atlético­-MG e Corinthians, onde se aposentou em 2001.

Três anos depois, começou a carreira como treinador e dirigiu o Santos, Inter-RS, Fi­gueirense, Sport, Atlético-MG, Bahia e Náutico, além de tra­balhar no futebol japonês.

Ele também comandou as seleções sub-17 e sub-20 e trabalhou como observador técnico da seleção principal na conquista da Copa das Confe­derações-2013.

Como treinador, Gallo foi campeão Pernambucano em 2007 e Catarinense em 2008, além de possuir no currículo o título da Recopa Sul-America­na com o Inter-RS em 2007.

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