Depois de estrear bem na Série A3, o Comercial tropeçou e ficou apenas no empate com o Olímpia, mesmo jogando dentro de seus domínios. O resultado deixou o torcedor preocupado, mas, mais do que isso, o estado do gramado do Palma Travassos colocou comissão técnica e diretoria do clube em estado de alerta.
O técnico Fahel Júnior, inclusive, pediu mais dedicação dos dirigentes do clube para solucionar o problema. O treinador fez questão de salientar que estão “arrumando o campo há mais de cinco meses” e o problema não foi solucionado.
“Montamos a equipe em duas semanas e estão arrumando o campo há mais de cinco meses e o campo não está em condições. Então precisa rever o que está sendo feito, não tem culpados, mas uma equipe que vem com proposta defensiva aqui sai em vantagem contra uma equipe que propõe mais o jogo, como nós temos que propor quando estamos em casa”, criticou o treinador.
“Temos que ter dedicação de todos. Me dedico para melhorar o time, dar um padrão tático à equipe, faço a cobrança aos jogadores para fazerem um bom jogo, e quem está de fora, quem cuida do campo, tem que se dedicar mais ainda. Se não dá de um jeito, dá de outro. Tem jeito de melhorar, basta dedicar um pouco mais, se doar um pouco mais”, completou.
Apesar das reclamações, para o próximo jogo, nada poderá ser feito. Isso porque, o Leão do Norte encara o Noroeste no sábado, às 16h, novamente no estádio Palma Travassos.
“Temos que achar um antídoto para jogar de uma maneira de se assimilar melhor o campo. Não é desculpa. Mas eu não concordo com a frase de que é ruim para os dois times. Acho que é pior para quem joga em casa e tem que propor o jogo. Não sou dono da verdade, mas é melhor para quem tem proposta defensiva pra sair no contra-ataque. Pra quem tem que propor, ter posse, lógico que prejudica”, finalizou.
Com a paralisação da competição, prevista para o dia 15 de março, o Comercial terá um respiro de quinze dias para tentar amenizar as péssimas condições do gramado da Joia. A volta dos jogos após essa data não é garantida, pois depende da evolução do Estado em relação a pandemia.