Após 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial o mundo ainda enfrenta os desdobramentos deste acontecimento considerado um dos mais nefastos para a história mundial. Muitas pessoas celebram a data em maio, quando houve a rendição alemã e o cessar-fogo das tropas aliadas. Outros preferem comemorar em agosto, quando houve a rendição japonesa.
Segundo estudo realizado pela Consultoria Ipsos em vinte e oito nações, 42% dos entrevistados acreditam que a vida política de seus países ainda é influenciada pelos eventos e resultados da Segunda Guerra.
Os entrevistados que mais concordam são aqueles cujas pátrias estiveram diretamente envolvidas com os conflitos armados. O primeiro lugar ficou para a Polônia, com 67% de concordância. O ranking segue com China (64%), Alemanha (63%), Rússia (58%) e Reino Unido (54%). No Brasil, um terço – ou 33% – creem que a política local ainda é impactada pelos eventos da Segunda Guerra.
Por outro lado, Arábia Saudita (14%), México (23%), Argentina (23%), Chile (24%) e África do Sul (26%) são os países que veem menor interferência do embate histórico no ambiente político atual.
Pouco menos do que a metade (46%) de todos os entrevistados no mundo, de acordo com a pesquisa, está orgulhosa do papel que seu país desempenhou na Segunda Guerra Mundial. O top cinco das nações que mais exaltam a atuação do país é encabeçado pela Rússia, onde 83% se orgulham dos feitos neste período. Seguem na liderança o Reino Unido (80%), a Ucrânia (78%), os Estados Unidos (73%) e a China (73%). Entre os brasileiros, 39% se orgulham da atuação do país durante a Segunda Guerra Mundial.
A Alemanha é a nação que menos se orgulha do papel que desempenhou na Segunda Guerra, com 7%. Japão (10%), Espanha (15%), Chile (16%) vem na sequência.
Quatro em cada dez entrevistados afirmam ter tido algum parente que serviu nas Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda considerando os entrevistados globais, 21% dizem ter tido um familiar que morreu em combate.
No Brasil, 15% dos entrevistados citaram a morte de um parente no combate durante a guerra. Chile (5%), Argentina (5%), Peru (6%), México (6%) e Espanha (8%) foram os países que menos sofreram esse impacto.
Levando em conta que a Segunda Guerra Mundial foi um fato de proporções imensas, 55% dos entrevistados globais acreditam que é importante organizar cerimônias como forma de manter viva a memória dos acontecimentos da guerra. Rússia (81%), Reino Unido (80%), Holanda (77%), Austrália (77%) e Canadá (75%) são as nações que mais concordam com a afirmativa.
Outros países, entretanto, não fazem tanta questão de preservar a lembrança de tais eventos. São eles: Japão (18%), Arábia Saudita (19%), Chile (32%), Espanha (34%) e Malásia (36%). No Brasil, o índice é de 42%.
A pesquisa on-line foi realizada com 20 mil entrevistados, com idade entre 16 e 74 anos, de 28 países, entre os dias 20 de março e 3 de abril de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
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Conflito mundial durou sete anos
A segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados, liderados por países como os Estados Unidos, e o Eixo pela Alemanha. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados.
O conflito terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais preparando o terreno para uma Guerra Fria que duraria quarenta e seis anos (1945-1991).